Páginas

domingo, 27 de março de 2011

Texto: O FASCÍNIO DE HITLER

O FASCÍNIO DE HITLER

O feitiço com que Hitler dominava os seus ouvintes foi reconhecido por diversos autores da História. Muitas vezes este fascínio, este estranho magnetismos que Hitler irradiava com tanta força o colocava entre os melhores oradores de todos os tempos. Mas como isso acontecia? Acontecia devido “a crença fanática que ele tinha em si mesmo. Com este fanatismo e uma hábil competência em diversos assuntos e no fato de que qualquer parecer que emitisse. Fosse a respeito dos efeitos nocivos do fumo ou sobre a política de Napoleão. E nisso sempre podia incluir uma ideologia que pretendia abranger todas as coisas do mundo. O fascínio é um fenômeno social, e o fascínio que Hitler exercia sobre o seu ambiente deve ser definido em termos daquele que o rodeavam. A sociedade tende a aceitar uma pessoa pelo que ela pretende ser, de certo que um louco que finja ser um gênio sempre tem certa possibilidade de merecer credito, pelo menos no início. Na sociedade moderna, com a sua falta de discernimento, essa tendência é ainda maior, de modo que uma pessoa que não apenas tem certas opiniões, mas as apresenta num tom de inabalável convicção, não perde facilmente o prestigio, não importa quantas vezes tenha sido demonstrado seu erro. Hitler descobriu que o inútil jogo entre as varias opiniões e a convicção de que tudo é conversa fiada podia ser evitado se, se aderisse a uma das muitas opiniões correntes com inflexível consistência. A arbitrariedade de tal atitude exerce um forte fascínio sobre a sociedade porque lhe permite salvar se da confusão de opiniões que ela mesma constantemente produz. Esse dom do fascínio, no entanto, tem importância apenas social. E Hitler estava envolvido neste jogo social, falando não aos de sua espécie, mas aos generais da Wehrmacht, dos quais todos pertenciam a “sociedade”. Seria porem errôneo acreditar que os sucessos de Hitler se baseassem em seu poder de fascínio, se fosse só por isso, nunca teria passado de figura de proa dos círculos sociais.

(Lucimar Simon)

Nenhum comentário: