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domingo, 25 de setembro de 2011

Texto: HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS IV


HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS IV

HANNAH ARENDT: PARTE III CAP. 12

O TOTALITARISMO NO PODER

Uma situação de instabilidade permanente: a revolução permanente / O terror que não guarda relação com a paixão política / Um Estado permanente de ilegalidade / O Estado, o partido e a policia secreta / Repudio as formas políticas de autoridade / O poder e o segredo: quanto mais visível uma agencia governamental menos poder ela possui / A sucessão do líder desconcertante e incomoda / O caráter amorfo da estrutura política e seus custos e eficácia / Natureza anti utilitária da estrutura estatal do totalitarismo / Como o movimento se transforma nessa dinâmica de estrutura de poder? / A idéia de instabilidade no totalitarismo é comum e permanente / Se não há disputa de poder, porque há a instabilidade? / Esses regimes possuíam caráter revolucionário e não podia parar / Prevalência do movimento sobre as estruturas políticas de poder / As estruturas de poder são fundamentadas nas ideologias de poder / A não concentração do poder e a sua difusão causa medo na sociedade / As pessoas acreditam que estava fazendo o bem a sociedade / A revolução não pode parar a história não pode parar isso justifica a instabilidade / A instabilidade como centro de todo o movimento totalitário.

Este texto teve com base uma aula do Prof. Doutor Geraldo Antonio Soares – UFES.

(Lucimar Simon)

domingo, 18 de setembro de 2011

Texto: VESTUFES 2012: INSCRIÇÕES COMEÇAM DIA 27/09/2011


VESTUFES 2012: INSCRIÇÕES COMEÇAM DIA 27/09/2011

A Comissão Coordenadora do Vestibular (CCV) da UFES divulgou o edital de abertura das inscrições para o VestUfes 2012. As inscrições poderão ser feitas do próximo dia 27 a 25 de outubro, somente pela internet, em www.ccv.ufes.br. Todos os candidatos deverão estar inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2011), cujas notas equivalem à primeira etapa do VestUfes 2012. O valor da taxa de inscrição é de R$ 55,00.

Este ano a UFES oferece 4.255 vagas em 78 cursos de graduação, nos campi de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória; de Alegre; e de São Mateus. Os candidatos que optarem pela reserva de vagas deverão estar cadastrados na Secretaria de Inclusão Social (SIS) da UFES. O manual do candidato, com todas as informações sobre o VestUfes 2012 estará disponível, inclusive para download, a partir da abertura das inscrições no endereço www.ccv.ufes.br. As provas de redação e discursivas específicas da segunda etapa do VestUfes 2012 serão realizadas nos dias 18, 19 e 20 de novembro, nas cidades de Vitória, Alegre, Colatina, Cariacica, Guarapari, São Mateus, Serra e Vila Velha. O edital de matrícula será publicado pela Pró-Reitoria de Graduação no dia 28 de janeiro.


(Lucimar Simon)

domingo, 11 de setembro de 2011

Texto: HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS III


HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS III

Hannah Arendt - Parte III Cap. 11

O MOVIMENTO TOTALITÁRIO

Os simpatizantes e os membros do partido / O papel dos simpatizantes e a aparência da moralidade e respeitabilidade / Abolição da vida comum que não seja a política / As organizações paramilitares: luta contra o pacifismo e expressão de uma atitude agressiva / O papel funcional da violência organizada e o medo de abandonar o movimento e a cumplicidades com atos ilegais / O papel da liderança: o desejo do Fischer é a lei do partido, a sua responsabilidade pessoal é total / Inspiração nas sociedades secretas e conspiradoras: sociedade secreta a luz do dia / A continuação do mundo fictício: mistura de realidade e costumes / A crença dos que não crêem: os chavões e a infabilidade do líder a onipotência humana / O totalitarismo é muito mais amplo que se pensa, é muito mais amplo que um sistema de governo, é algo muito significativo no ponto de vista da autora. As revoluções se propõem as mudanças, assim se entende o acontecimento social. / O simpatizante é quem não esta engajado, mas os mesmos fazem parte do processo revolucionário. Há aqui um mundo fictício e outro mundo real / A revolução precisa de inimigos, e quando não os tem a mesma os constrói para justificar seu acontecimento e assim seqüenciar seu processo evolutivo revolucionário.


Este texto teve com base uma aula do Prof. Doutor Geraldo Antonio Soares – UFES.

(Lucimar Simon)

domingo, 4 de setembro de 2011

Texto: A CONSTRUÇÃO DE UM PODER


A CONSTRUÇÃO DE UM PODER

Apresentação

Este artigo foi elaborado com base na leitura de textos em sala de aula na Disciplina A Igreja Medieval do curso de História da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Tendo como Professora Kellen Jacobsen orientada pelo Professor Doutor Sérgio Alberto Feldman especialista em História Medieval.

Não será neste humilde artigo utilizado um critério de elucidação de todos os assuntos pertinente, logo convido você leitor a aprofundar suas leituras em uma relação bibliográfica que especificarei no final deste artigo, bem como buscar outras leituras se este assunto o interessar como meio de conhecimento da realidade de um período tido como “obscuro” na história da humanidade.

Conhecemos a Igreja católica como uma instituição de muito poder e riquezas, até os dias de hoje sua influencia se faz presente em todas as esferas da sociedade.  Mas é importante lembrar que nem sempre foi assim, o processo de ascensão da Igreja e sua evolução foi longo e demorado, sem falar em termos matérias e humanos muitos custosos.     

Nem sempre a Igreja obteve êxito em suas campanhas para assumir o controle da cristandade e em alguns momentos até interferir na esfera política indo contra reis e imperadores todo momento na sua história. Aqui serão comentadas algumas das medidas tomadas pelo papado para alcançar o controle da cristandade e a defesa de sua atuação e seu poder papal.

As questões envolvendo a Igreja e o Estado sempre foram muito acirradas, não faltando defensores de um lado ou de outro, levou se séculos para a formulação dos dias atuais, sendo conflitos ideológicos, políticos, religiosos nos campos ou fora deles os estranhamentos eram constantes.

As investidas dos clérigos eram constantes e os papas, ou seja, o bispo de Roma era quem tentava usufruir deste comando de forma total. Entre os mais atuantes temos os papas. Gelásio I século V, e Inocêncio III século XII e Gregório VII século XI, entre outros que vão fortemente conflitar até os dias atuais.

 Não menosprezando a participação e influencia de outros papas e bispos no processo de construção do poder da Igreja, mas aqui daremos a ênfase em dois deles. Gelásio I[1] e Gregório VII são os principais autores religiosos com expressão neste conflito e suas idéias vão permear e conceituar a relação entre Igreja e Estado. Suas teorias em suas determinadas épocas deram base para o avanço deste processo de consolidação do poder papal. Vários autores baseiam se nestes dois religiosos pra explicar a formação e as teorias do poder papal e suas relações com leigos e cristandade.

Gelásio I com a publicação da “teoria das duas espadas” tem o objetivo de distinguir o “poder temporal” do “poder espiritual” fazendo assim uma relação das duas espadas, uma na mão do papa e a outra na mão do imperador. Ao papa caberiam as questões da religião e da cristandade e ao imperador caberiam as questões políticas e a proteção dos bens da sua amada Santa Igreja, porém esta espada em mãos do imperador era uma ferramenta de Deus administrada pelo papa, logo o papa direcionaria o uso desta espada de Deus.

As duas espadas ou os dois poderes são as questões que vão dominar todo o cenário da Idade Média a tentativa de submissão de um poder ao outro será constante, todo momento os conflitos são eminentes. A solução e o equilíbrio não permaneceram com a teoria das duas espadas. Com ela Gelásio I foi responsável por um período de relativa calma dos conflitos, mas estes não cessaram a ponto de haver uma paz totalmente entre papas e imperadores.

Essas teorias foram crescendo e amadurecendo e gradativamente foram alcançando campos e se afirmando, logo a tentativa de instaurar para a Igreja o controle da religião e o controle político foi crescendo, e em Gregório VII encontra sua plenitude. Gregório VII vai elaborar diversos pontos em seu “Ditactus Papae[2]” que afirmara a superioridade da Igreja sobre os poderes do imperador, e suas ações tão logo isso causara conflitos com vários reis locais e o mais acirrado é com o rei da Prússia Henrique IV. Este conflito desencadeara com a derrota de Gregório VII e seu exílio seguido de morte e o rei tão logo o derrota nomeia outro papa.

Vários outros reis e príncipes ignoram a teoria de Gregório VII. Na Inglaterra como exemplo temos Guilherme I, a questão das investiduras sempre foi uma relação de conflitos seculares entre reis, imperadores, leigos, papas e bispos. Para o papa somente ele poderia investir os bispos locais e estes tão somente investir os padres e cargas abaixo deles. Mas era comum que os nobres, poderosos donos de terras nomeassem em seu poder um bispo e este o fazia sem consentimento do papa ferindo assim vários direitos da Igreja.

Com a criação do “Direito Canônico” o objetivo era governar os membros da Igreja e entre essa o mundo secular. A partir deste momento a igreja passa a “controlar” seus clérigos e suas bases religiosas tornando assim a hierarquia sua principal característica.

Com base nas teorias de Gelásio I e Gregório VII foram afirmados e fundados estudos para refletir e criar essa forma de governo e controle das relações Estado / Igreja, segundo este raciocínio foi no século XI em diante a maior formulação de teorias sobre essa longa relação conflituosa.

Conclusão

A Igreja na Idade Media teve sua real importância, entre essas a criação de leis e códigos, regras e costumes que são em partes até hoje seguidos e respeitados, mas ainda são por alguns muitos questionados. Não devemos aqui entrar em méritos sobre sua atuação. A intenção aqui é pontuar a construção de um poder através do tempo e da história pautando alguns de seus principais autores e suas devidas ações. 

Outras ações e vertentes da Igreja ainda são duramente criticadas, mas como bem afirmam os historiadores “não devemos analisar as sociedades anteriores com os olhos e os conhecimentos de hoje”. Isso resultaria em uma visão erronia e estereotipada da realidade estudada. Temos que entender que em sua época os valore eram outros, e suas concepções de verdades não pode ser transpostos pelas concepções atuais. Para tanto o historiador deve reconhecer estes momentos buscar sua essência e conflitar com a realidade de sua época. 

Bibliografias

SILVA, Gilvan Ventura; MENDES, Norma Musgo. Repensando o império Romano. Relação Estado / Igreja no Império Romano Vitória Edufes. 2006.

NETO, Jônatas Batista. História da Baixa idade Média. São Paulo. Ática 1989.

STREFLING, Sergio Ricardo. Igreja e Poder. Plenitude do poder e soberania popular em Marsílio de Pádua. Porto Alegre: EDIPUCRS 2002.



[1] Gelásio I foi um dos primeiros papas que, como sintoma do poder autônomo que vinha adquirindo a Igreja de Roma, efetuou a distinção entre o poder temporal dos imperadores e o espiritual dos papas, considerando superior o poder destes últimos. Definiu a teoria dos dois poderes: o poder temporal e o poder espiritual. Os bispos, de acordo com essa teoria, seriam superiores ao poder temporal. Estabelecido ainda que a figura do papa não poderia ser julgada por ninguém. Dizia que o papel do Pontífice era antes ouvir do que julgar.
[2]Dictatus Papae é um conjunto de 27 proposições eclesiológicas enunciadas pelo Papa Gregório VII(1073-1085) em 1075 tratando da autoridade, competência e poderes do papa sobre o domínio temporal e espiritual.


(Lucimar Simon)