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domingo, 26 de junho de 2011

Texto: SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Novas matérias primas básicas: aço, energia elétrica e petróleo.

A indústria deixa de ser dependente das “invenções” de homens práticos e passa a ser resultado de um processo de evolução da ciência e da pesquisa tecnológica. Foi também, em comparação á Primeira Revolução Industrial, mais rápida em seu impacto, mais prodigiosa em seus resultados, mais revolucionária em seus efeitos sobre a vida e as perspectivas das pessoas. O mundo do final do século XX basicamente é produto da Segunda Revolução industrial. Expansão da indústria para outros países - EUA após a Guerra de Secessão com o fim da escravidão. JAPÃO – Com a Revolução Meiji que acabou com o feudalismo no Japão. FRANÇA – surto após 1860. RÚSSIA – 1870 em diante. Czar Alexandre II adota medidas de modernização. Em 1861 abole a servidão e incentiva a industrialização buscando capital estrangeiro. Tem início a grande indústria com produção em série, que aumenta ainda mais a capacidade de produção e baixos custos, mas leva o trabalhador a perder a noção do produto como um todo, e a exercer trabalhos repetitivos, na magistral crítica de Chaplin.

(Lucimar Simon)

domingo, 19 de junho de 2011

Texto: NEOCOLONIALISMO SÉCULO XIX

NEOCOLONIALISMO SÉCULO XIX

Convicção dos europeus de que eram raça superior e que possuíam a ciência e a técnica sinônimo de civilização, que vai ser imposta pela “diplomacia do canhão”. Teorias pseudocientíficas como a do inglês H. Spencer, a partir de Darwin, também assimiladas depois por Hitler. “As expressões “luta pela existência”, e ”sobrevivência do mais capaz" ainda hoje usadas para justificar o individualismo econômico surgiram nesta época. Caberia ao homem branco europeu cumprir sua “missão civilizadora” e levar aos povos primitivos os benefícios provenientes das sociedades industrializadas e detentoras de modernas tecnologias. Capitalismo atinge fase monopolista, com a formação de trustes e cartéis. Livre concorrência é substituída por grandes monopólios e produção em grande escala. Necessidade de matérias primas e de conquista de mercados para colocação do excedente de produção.

COLONIALISMO SÉC XVI- capital comercial, busca de especiarias , metais preciosos , voltado para o continente americano e estado impulsionador e beneficiário.

COLONIALISMO SÉC XIX - fruto do capitalismo financeiro ou monopolista
novos objetivos - busca de matérias primas, aplicação de capitais excedentes e busca de novos mercados, fonte de migração de excedentes demográficos europeus. Agentes são as empresas e não os estados. Grandes empresas o que caracteriza o capitalismo financeiro ou monopolista. Apesar de o Capitalismo passar a ter uma dimensão mundial, a apropriação deste espaço econômico foi feita de modo individualizado pelas grandes nações competindo ferozmente entre si. Fortalecido “pela Revolução Industrial“, o nacionalismo tornou-se o principal meio pelo qual o governo podia garantir a unidade da população. Conforme encorajado pelos Estados Europeus, o nacionalismo implicava convencer a população de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista infiltrou-se em todas as formas culturais européias, afetando a educação, as artes e a literatura.

Partilha da África e da Ásia, controle através da administração direta ou acordo com as elites locais. rompimento do equilíbrio europeu que levou à primeira guerra mundial.

CONFERÊNCIA DE BERLIM 1884 -1885 - 14 potências. definiu regras para partilha colonial a partir dos interesses europeus. Ocupação efetiva do território garantia posse.

PARTILHA DA ÁFRICA - Início em 1830 com a invasão da Argélia pelos franceses. Marrocos - conflito franco alemão, uma das causas da primeira guerra mundial. Mesmo países pequenos como a Bélgica entram na corrida colonial. O Congo Belga - propriedade do rei belga reduziu população de 40 para 8,5 milhões. Somente a Libéria na África Ocidental, povoada por negros americanos emigrados e o velho império etíope na África oriental, mantiveram sua independência. Inglaterra pretende dominar toda a África oriental: África do Sul, Uganda, Rodésia e Quênia.

Alemanha insatisfeita por ter chegado tarde devido ao processo de unificação.

PARTILHA DA ÁSIA - Índia - ingleses a haviam tomado da França na guerra dos sete anos (1756-1763), mantida sob protetorado, aumenta presença após 1848 com construção de ferrovias, envio de missões. Entrada de manufaturados liquidou a indústria têxtil local . Índia torna-se possessão inglesa com apoio da elite dominante local.

China fechada ao exterior até 1820. Guerra do Ópio 1839-1842 , venda de ópio aos chineses pela Companhia das Índias Orientais , gerou reação do governo chinês e guerra com Inglaterra. Derrota deu início à abertura da China ao comércio exterior, obrigando-a a concessões comerciais no tratado de Nanquim (1842), onde abriu 5 portos para livre comércio e cedeu Hong-Kong para a Inglaterra. Em 1900 a China é invadida pela Inglaterra, França, Alemanha, EUA, Japão e Rússia para conter a revolução dos boxers, mas a rivalidade entre os diversos países manteve a integridade da China que verá o fim da monarquia em 1911, com a proclamação da República.
Indochina é totalmente dominada pela França, que implanta seringais para abastecer suas indústrias o mesmo sendo feito pela Inglaterra na Birmânia.

Resistência ao imperialismo.

Revolta dos Cipaios 1857 - movimento nacionalista indiano sufocado pelos ingleses em 1859. Índia em 1877 passa a fazer parte do Império Britânico.
Guerra dos bôeres - 1899 a 1902 - ingleses dominaram Transvaal e Orange vencendo os bôeres ou africânderes, calvinistas holandeses. Em 1910 as duas foram ligadas às colônias de Cabo e Natal, fundando a União Sul Africana.

A guerra dos boxers 1900 - sociedade dos "punhos fechados" nacionalistas chineses descontentes com a intervenção estrangeira. A força expedicionária inglesa, alemã francesa, americana, russa e japonesa dominou a revolta

O imperialismo oriental.

Rússia e Japão imperialistas voltaram-se para o oriente. Rússia, país agrícola, mas com focos industriais voltou-se para - península balcânica na Europa, para proteger "povos eslavos irmãos”, garantir presença no Mediterrâneo e fazer frente à Áustria e Turquia. Buscando ainda acesso ao oceano Índico, confrontando-se com os ingleses e a China. Japão fechado até 1854. Esquadra norte americana, comandada pelo Comodoro perry forçou a abertura dos portos japoneses ao comércio mundial o que acabou provocando uma revolução interna , a era Meiji ( Era das Luzes) , que acabou com o feudalismo e levou o país a rápida modernizaçao e industrialização , baseada na assimilação da tecnologia ocidental.

Guerra sino-japonesa 1894-1895 - Japão venceu e controlou Coréia e Formosa. Em 1904 a guerra russo-japonesa, disputa por territórios chineses, vencida pelo Japão que anexou a Manchúria. O imperialismo norte-americano - EUA crescimento após Guerra de Secessão. A Doutrina Monroe complementada pelo corolário Roosevelt e a política do grande porrete "big stick".

“De puramente defensiva, tal qual era, em sua origem, a doutrina Monroe, graças à extensão do poder norte--americano e às transformações sucessivas do espírito nacional, converteu-se em verdadeira arma de combate sob a liderança de Teodoro Roosevelt” Barral-Montferrat, 1909. EUA adotaram política de neutralidade em relação às questões européias e de ativa intervenção na América Latina. Em 1898 a guerra hispano-americana levou à independência de cuba, colônia espanhola, com forte influência americana - emenda platt. EUA anexam ilha de Porto Rico em 1898. Intervenções na Nicarágua e México. No Pacífico além de territórios na China, EUA tomaram da Espanha arquipélago das Filipinas e em 1898 o arquipélago havaiano, onde construíram Pearl Harbour.

(Lucimar Simon)

domingo, 12 de junho de 2011

Texto: A GUERRA DE SECESSÃO AMERICANA E OUTRAS IMPLICAÇÕES

A GUERRA DE SECESSÃO AMERICANA E OUTRAS IMPLICAÇÕES

As guerras napoleônicas prejudicaram EUA devido à interrupção relações econômicas com os franceses. Conflitos com ingleses que dificultaram o comércio americano com a França e a Europa levaram á Segunda Guerra de Independência (1812-1814) que definiu as fronteiras entre os EUA e o Canadá inglês. A ocupação de território – Corrida para oeste e expansão para o Pacífico – tomada dos índios ou compra (1803- Lousiana - França 1819 - Flórida - Espanha; 1846-48 Guerra com México, americanos incorporam 2 milhões de km 2 - Texas, Novo México , Califórnia , Nevada, Utah e Arizona ; 1867 -,Alasca - Rússia ). Milhões de imigrantes entram no país. População 1790 – 3,9 milhões 1860 – 31,3 milhões. Conquista do Oeste - principais fatores - O crescimento demográfico com a chegada de imigrantes europeus, a necessidade de aumentar a produção de alimentos pela incorporação de novas terras e a procura de metais preciosos.

DESTINO MANIFESTO – O’sullivan 1845 – Justificou a expansão territorial - americanos predestinados a dominar todo o continente. DOUTRINA MONROE – ‘América para os americanos’.

ANTECEDENTES DA GUERRA

A escravidão e tarifas de comércio exterior – divergências entre norte e sul. Norte a favor do protecionismo alfandegário para proteger seus produtos e o e Sul era contra, pois praticava monocultura de exportação. Conquista de novas terras no Oeste despertou a cobiça de sulistas e nortistas. Nortistas não queriam trabalho escravo nas novas colônias.

CAUSA IMEDIATA DA GUERRA

A eleição de Abraham Lincoln – plataforma de fim da escravidão. Estados do sul declararam-se separados. Início guerra 1861 fim 1865. Escravidão acabou em 1865, mas permaneceu racismo – Ku Klux Klan a principal organização. Norte venceu a guerra e o capitalismo triunfou. Porém Lincoln foi assassinado por um fanático sulista.
Vitória do Norte garantiu supremacia industrial que acelerou o desenvolvimento econômico, tornando os EUA já no final do século uma potência industrial. Ferrovias de dimensão continental integram o país. Surgem grandes grupos financeiros. Crescem as cidades face ao grande fluxo migratório.

COROLÁRIO ROOSEVEL E BIG STICK (1901-1909)

A política de intervenção americana na América. Cuba – Estimula a independência de Cuba, colônia espanhola em 1898 e tornam o país área de influência com direito de intervenção inserido na Constituição cubana – Emenda Platt. Panamá – controle do canal da Nicarágua – invasão, morte de Sandino e República Dominicana.

(Lucimar Simon)

domingo, 5 de junho de 2011

Texto: O SOCIALISMO E SUAS INTERPRETAÇÕES

O SOCIALISMO E SUAS INTERPRETAÇÕES

SOCIALISMO UTÓPICO

Sociedade ideal reformando o capitalismo, minimizando a miséria, a injustiça social e a opressão. Mudança pelo convencimento, apelando para a compreensão e humanitarismo da classe dominante e produto da ação dos homens bons e de um acordo entre as classes. Transformação pacífica e progressiva, sem revolução. Robert Owen – Cooperativa Nova Harmonia em Indiana, nos EUA, mas fracassou. Retornou à Inglaterra onde estimulou as Trade Unions – pioneiro cooperativismo. Saint Simon – Religião industrial - governo dos competentes. Produtores assumiriam o controle do Estado, governando sobre os ociosos. "A cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo suas obras". Charles Fourier – Melhor distribuição da riqueza através da organização de associações corporativas de produção, os falanstérios, fazendas coletivas agro-industriais. Todos trabalhariam no que mais os agradasse, resultando em relações fraternais e em um consumo mais equilibrado. Propriedade coletiva e distribuição de riqueza Louis Blanc – oficinas nacionais - França 1848.

SOCIALISMO CIENTÍFICO

Marx e Engels – Manifesto do Partido Comunista em 1848 principais teses: determinismo econômico, materialismo histórico - história determinada pelos aspectos materiais. Infra - estrutura econômica determina a superestrutura jurídico política. Luta classes como força motriz. Mudanças fundamentais na sociedade decorreram do conflito entre classes antagônicas. No capitalismo a luta é entre burguesia e proletariado. A propriedade privada como geradora de conflitos. Mais valia como elemento fundamental da exploração capitalista. É a diferença entre o salário do trabalhador e o valor produzido pelo mesmo e que é apropriado pelos capitalistas. Desemprego leva à formação do "exército industrial de reserva”, que provoca o achatamento dos salários e a miséria do proletariado.

No capitalismo o proletariado é agente de transformação. Tensões sociais levariam á revolução socialista, com a destruição do capitalismo e a implantação do socialismo sociedade onde seria eliminada a propriedade privada, o estado controlaria os meios de produção através de uma ditadura do proletariado e em uma etapa posterior o próprio Estado desapareceria surgindo à sociedade comunista, etapa final e mais elevada do desenvolvimento humano onde haveria uma sociedade igualitária e sem classes.

DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

Socialismo cristão – resposta igreja ao marxismo – para Leão XIII Encíclica Rerum Novarum 1891. Patrões deveriam pagar salários justos e trabalhadores evitar confrontos. A igreja seria a mediadora. Condenados a luta de classes e o marxismo.
Atualização pelas encíclicas - quadragesimo anno (pio xi), mater et magistra e pacem in terris (joão xxiii) e populorum progressio e humanae vitae ( paulo vi). E concílio vaticano II entre 1962 e 1965. Na América Latina, posteriormente surgiu a teologia da libertação que se aproximou do marxismo.

(Lucimar Simon)