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domingo, 28 de agosto de 2011

Texto: MANUAL DE LINGUÍSTICA DE MARTELOTTA


RESUMO: MANUAL DE LINGUÍSTICA DE MARTELOTTA

Este texto foi enviado por e-mail pela professora da disciplina Introdução a Linguística: Adrete.

Lingüística é a disciplina que estuda cientificamente a linguagem.
O termo “linguagem” é mais comumente empregado para referir-se a qualquer processo de comunicação, como a linguagem dos animais, a linguagem corporal, a linguagem escrita, entre outras. Os lingüistas, entretanto, compreendem a linguagem como uma habilidade, definindo o termo como a capacidade que apenas os seres humanos possuem de se comunicar por meio d línguas.
O termo “língua”, por sua vez, é normalmente definido como um sistema de signos vocais utilizados como meio de comunicação entre os membros de um grupo social ou de uma comunidade lingüística.
Características gerais da linguagem:
  • Necessita de movimentos corporais para a produção dos sonos que compõem a fala;
O uso da linguagem implica o domínio de um conjunto de procedimentos bastante complexos, associados não apenas à produção e percepção dos diferentes sons da fala, mas também aos efeitos característicos da distribuição funcional desses sons pela cadeia sonora. Nesse sentido, são interessantes fatos como a troca de /e/ por /i/, por exemplo, que na oposição entre “pêra” e “pira” causa uma modificação de sentido, mas na oposição entre / menino / e / minino / não.
  • O funcionamento da linguagem, tal como ocorre, está relacionado a uma estrutura biológica que o veicula; com isso, lesões ou traumatismos em determinadas áreas do cérebro provocam problemas de linguagem;
  • A capacidade da linguagem implica um tipo de organização mental sem a qual ela não existiria ou, pelo menos, não teria as características que tem;
  • Uma base sociocultural que atribui à linguagem humana os aspectos variáveis que ela apresenta no tempo e no espaço;
Podemos dizer que as línguas variam e mudam ao sabor dos fenômenos de natureza sociocultural que caracterizam a vida na sociedade. Variam pela vontade que os indivíduos ou os grupos têm de se identificar por meio da linguagem e mudam em função da necessidade de se buscar novas expressões para designar novos objetos, novos conceitos ou novas formas de relação social.
  • Uma base comunicativa que fornece os dados que regulam a interação entre os falantes;
Como a linguagem se manifesta no exercício da comunicação, existem aspectos provenientes da interação entre indivíduos que se revelam na estrutura das línguas. Um bom exemplo disso pode ser visto no processo de criação de formas novas e mais expressivas para substituir construções que perderam sua expressividade em função da alta frequência de uso.

Podemos afirmar que a linguística é uma ciência, pois cumpre alguns requisitos básicos:
  • Tem um objeto de estudo próprio: a capacidade da linguagem, que é observada a partir de enunciados falados e escritos.
  • Tem teoria própria, além de terminologia específica e apropriada.
  • É empírica: baseia suas descobertas em métodos rígidos de observação; não é especulativa ou intuitiva.
Para a linguística, nenhuma língua é melhor do que a outra, todas são capazes de expressar adequadamente a cultura do povo que a fala. Todas as línguas e suas variedades são apropriadas ao estudo, o que torna a linguística, primordialmente, uma ciência descritiva, analítica e, sobretudo, não prescritiva.
Pode-se dizer que a linguística executa duas tarefas principais: o estudo das línguas particulares como um fim em si mesmo, com o propósito de produzir descrições adequadas de cada uma delas, e o estudo das línguas como um meio para obter informações sobre a natureza da linguagem de um modo geral, buscando verificar o que há de universal e inato, o que há de cultural e adquirido, entre outras coisas.

A história dos estudos da linguagem vem de carona com as investigações de diversas outras áreas, como a filosofia e a literatura. Somente no início do século XX, com a publicação do Curso de Linguística Geral, de Ferdinand de Saussure, a linguística assume-se como uma disciplina independente.

A linguística aplicada é uma abordagem multidisciplinar para a solução de problemas associados à linguagem. Logo, é uma característica central dessa disciplina o fato de que ela está relacionada a tarefas, orientada para problemas, centrada em projetos e guiada para a demanda. São exemplos de suas aplicações o trabalho com a aquisição e aprendizagem de línguas estrangeiras, a inteligência artificial, o tratamento e reabilitação de pacientes com problemas de fala, entre outros.

MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de lingüística. São Paulo: Contexto, 2008. p. 13-30.

(Lucimar Simon)

domingo, 21 de agosto de 2011

Texto: HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS II


HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS II

HANNAH ARENDT - PARTE III CAP. 11

Idéias centrais deste capítulo

O movimento totalitário / Propaganda e ditadura / Doutrina e terror / A infabilidade do líder de massa / O extermínio enquanto processo histórico / A coerência e a lógica em substituição a realidade / O anti-semitismo enquanto principio de auto-definição e não como mera opinião / A auto definição de Hitler como condutor do povo alemão / A dominação mundial alemã em substituição a judaica / A comunidade nacional ariana não de direito, mas sim de natureza / A propaganda e seu objetivo: não o conhecimento e sim uma organização a combater a exploração / O império das ideologias só é possível em um país totalitário / O movimento da direita e o fim da força do movimento / A organização e a propaganda para que a sociedade seguisse segundo as regras de seu mundo fictício / O uso da propaganda para manter a coesão das forças / O terror como fonte de convencimento de adesão / A idéia de aperfeiçoamento da sociedade pura na URSS e na Alemanha.

Este texto teve com base uma aula do Prof. Doutor Geraldo Antonio Soares – UFES.

(Lucimar Simon)

domingo, 14 de agosto de 2011

Texto: HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS


HISTÓRIA DA EUROPA NO ENTRE GUERRAS

HANNAH ARENDT: PARTE III CAP. 10

O fim da Segunda Guerra Mundial não trouxe o fim dos governos totalitários e nem das sociedades ditas totalitárias. Na Rússia, foi seguida de uma forte reformulação a qual vaia alcançar partes significativas dentro da Europa, marcando assim uma grande expansão do regime totalitário. Sabemos que só após a morte de Stalin é que vai dar inicio ao que se pode chamar período ou processo de destotalitarização ocasionado por seguidas crises de sucessão ao poder na União Soviética. Sabemos que esta parte da História merece grande atenção, e neste sentido vamos aqui tentar com muita timidez desvelar um pouco mais sobre este momento.

Uma sociedade sem classes

Uma objetivação clara nos regimes totalitários é a eliminação das classes, tendo este sentido por dizer que não seriam perceptíveis estas classes aos que conhecemos aos moldes capitalistas. Os movimentos totalitários objetivam e conseguem a movimentação das massas, e esta massa é organizada distintamente de sua classe. Uma característica comum do regime totalitário é a anti-democracia. Pois a democracia para este regime é a personificação do seu pior inimigo “a burguesia”. São nos maiores centros urbanos e nos países de numérica população que este regime vai encontrar sua maior concentração.

O apoio das massas veio por diversas razoes, e essas não são distintas das maiorias comuns a qualquer crise em qualquer país seja totalitário ou não. A simpatia, a fome, o medo de perder, o terror, e outros são motivos que causariam a adesão desta grande massa. Os movimentos totalitários são possíveis onde quer que haja massas, quer por um motivo ou por outro, os mesmo desenvolveram certos gostos pela organização política. Mas essas massas nãos e unem por uma consciência ou por um interesse comum, nelas falta uma especifica articulação para expressar objetivos atingíveis. O fanatismo e o altruísmo dos adeptos em contrapartida não deixam de ser constante, e isso leva o maior risco de se contaminar ou ser eliminado pelo regime como inimigo do movimento. Anti-burgueses e contra o individuo: apagam a identidade do individuo.

A frustração individual como fenômeno de massa é certo, pois as massas existem em qualquer q seja o país, mas na sua maioria são neutras e politicamente indiferentes a qualquer pensamento político, pois nunca se filiam e raramente exercem poder de voto. Atomização em uma sociedade totalitária: não há espaço para aqueles que amam qualquer coisa por ela própria. Os movimentos totalitários são organizações maciças de indivíduos atomizados e isolados e neles existe uma lealdade total, sendo isso o diferencial de outros partidos. A lealdade é uma exigência feita pelos lideres dos partidos e dos movimentos totalitários. E essa lealdade total só é possível depois que a fidelidade seja esvaziada de todo os eu conteúdo concreto, que poderia dar ênfase a mudanças de opinião. A destruição dos laços sociais e familiares: a culpa por associação os mais próximos são os maiores suspeitos. O novo sentido da vida: participar de um movimento ou pertencer a um partido? O incomodo dos programas ou das plataformas políticas. O papel da guerra das trincheiras trás o sofrimento e esse mesmo sofrimento vai gerar um sentimento de pertencimento, ou seja, união dos indivíduos que lutaram em prol da nação. A versão de totalitarismo a qualquer tentativa intelectual, espiritual e artística.

A revolução política para a transformação social, buscar avaliar as diferenças e semelhanças. É possível uma sociedade sem classes? A massa é uma parte politizada das pessoas organizada. A ralé é uma parte não politizada não organizada. Querer uma sociedade totalmente pura e igualitária a qualquer preço. Eliminação dos burgueses representantes da democracia burguesa. Para os alemães, sociedade pura seria a de uma raça pura sem judeus, só de arianos.

Este texto teve como base uma discussão em sala de aula com o Professor Doutor Geraldo Antonio Soares.

(Lucimar Simon)

domingo, 7 de agosto de 2011

Texto: RESUMO DOS TEXTOS DE AMÉRICA CONTEMPORÂNEA.


RESUMO DOS TEXTOS DE AMÉRICA CONTEMPORÂNEA.

Texto: Manuel Bonfim, Parasitismo e Degeneração.

Ø  Tempo histórico de Manuel Bonfim
Ø  Razões do atraso da América Latina
Ø  Dificuldade na construção de uma sociedade liberal democrática integradora
Ø  Escravidão e vida social imobilismo social

Manuel Bonfim Sergipano 1868-1932

Ø  Acreditava na unificação da América Latina.
Ø  Faz criticas a vinda de europeus pra a América Latina.
Ø  Manuel Bonfim e Freyre têm sua importância para a América Latina.
Ø  O tempo histórico é o tempo peculiar a uma sociedade. Manuel Bonfim: canudos, conselheiro, seca, fome.
Ø  Darwinismo social, seleção natural das espécies.
Ø  Se no setor biológico há uma concorrência logo no social também haverá uma grande concorrência nos séculos XIX e XX.
Ø  Nacionalismo que leva a primeira guerra mundial.
Ø  Surge a necessidade de construir de uma identidade Latino Americana.
Ø  Como construir essa identidade? Porque? Para que? O nacionalismo.
Ø  Comprovar sua autonomia sua independência.

Manuel bonfim aponta onde esta a culpa do atraso da América Latina.

Ø  Esta no biológico ou esta no social? Esta aqui ou esta lá fora?
Ø  Segundo Bonfim esta em Portugal e na Espanha que se tornaram parasitas das colônias.

Porque os italianos e alemães vieram para a América Latina?

Ø  Bonfim defende a idéia de branqueamento da raça
Ø  Mercado de trabalho laborioso. Vieram para o trabalho
Ø  Os movimentos messiânicos são questões sociais e eles representam uma luta contra a exclusão social
Ø  A continuidade do processo escravista era datada pelas idéias do darwinismo social.
Ø  Para Bonfim a escravidão é uma forma de imobilismo social
Ø  O positivismo francês é contra as realidades negativas cria enciclopédia para positivar essa situação.

Texto: Tereza M. Malatian: Metáfora e Nação: A identidade Latino-Americana em Manuel Bonfim.

Inquietações dos intelectuais no século XIX e XX

Ø  Significado da América Latina
Ø  Identidade como ponto de partida
ü  Inserção no mundo internacional, reconhecimento.
ü  A identidade é o ponto de partida para isso
ü  A identidade está ligado ao fator etnia.
Ø  Superação das barbáries.
ü  Como superar a barbárie?
ü  Como construir a identidade
Ø  Questionar os males da crise
ü  O parasitismo é todo o mal patológico para a América Latina diz Bonfim
ü  Bonfim é desconsiderado devido suas idéias.
ü  Seu estudo afirma que uma patologia foi herdada dos colonizadores
ü  Discute uma mentalidade fraudada e que atribui a culpa a nossa sociedade
Ø  Nacionalismo – desvantagem.

Visão de Manuel Bonfim em Malatian

Ø  Resposta indignada contra a visão eurocêntrica

Objetivo.

Ø  Subir a civilização, a educação, o progresso.
Ø   Questionar os males da crise

Diagnostico

Ø  Visão organicista do social
Ø  Parasitismo
Ø  Categoria – Conte – História
Ø  Acompanha a hegemonia social
Ø  Legitima o imperialismo

Responsabilidade do europeu por todo o imaginário

Ø  Levar a civilização para o mundo
Ø  Liberalismo com idéia fora do lugar
Ø  A idéia de poder traduz o conceito de donos do poder
Ø  Quem tem o conhecimento da história tem o poder.

Solução

Ø  Romper com este conceito de metrópole e colônia.
Ø  Instituição população


Texto: Jean Pierre Fichou: Algumas tentativas de Explicação Global

O texto trabalha o campo das idéias forças que levaram e impulsionaram os Estados Unidos para sua dimensão hoje constituída.
Ø  Imperialismo, Materialismo, Patriotismo, Industrialismo, Hegemonia, Dominação, Cobiça, Fronteira, Riquezas naturais, Legitimação do intervencionismo, pragmatismo, Igualdade de oportunidade, Abundancia, Democracia, (visão ampliada da liberdade), Desconfianças, Instituições rígidas, Instrumentalismo, (rejeição a um sistema fechado), Eficácia, Essência (individualismo), Pluralismo instável (atração e repulsa), darwinismo social (lei da selva).
Ø  Jhon Look é o íncone dos americanos (igualdade e propriedade)
Ø  Liberal radical ligado aos princípios.
Ø  Liberal conservador ligado as conjunturas.
Ø   

Agrarianismo a gênese de tudo, onde tudo começou, século XVIII e XIX.

Ø  Pequenos agricultores-individualismo
Ø  Conservadorismo visão de Bonfim “natural”.
ü  Associação da natureza e da religiosidade oposição as transformações ocasionadas pelo homem e seu processo.
Ø  Tradicionalismo.
ü  A divisão natural do trabalho não a divisão social
Ø  Controle patriarcal.
ü  Respeito ao pai ao chefe da família
Ø  Ceticismo em relação ao estado.
ü  Desconfianças quanto as leis, taxas e ordens vindas do Estado.
Ø  Ética do trabalho.
Ø  A priorização de alguns produtos agrícolas para ganhar mercado consumidor o capitalismo fala mais alto neste momento.
Ø  A América Latina não pode ser pensada sem a presença dos Estados Unidos.
Ø  A Revolução Francesa coloca a burguesia no poder
Ø  As transições são lentas, mas são intensas, elas sempre acontecem.
Ø  A pré-destinação tem um forte embasamento na coisa divina
Ø  Todos esses processos ocorrem e tem seu auge no século XVIII e inicio do XX.
ü  Com a revolução industrial da o inicio ao processo de urbanização das cidades e atração do homem aos centros urbanos, êxodo rural.
Ø  O que incomodava Bonfim era a indiferença, a étnica, a inferioridade que é imposta a América Latina perante os nortes americanos e os europeus.
Ø  Como a sociedade vai pensar isso a partir dessa critica como ela vai construir sua identidade?
Ø  A identidade nacional serve para auto-afirmação, reconhecimento, quem é nosso povo, qual sua base, sua formação, qual sua origem?
Ø  Negar a coisa eurocêntrica, a coisa note americana.
Ø  No caso de Fichou ela avaliou uma sociedade com uma identidade já construída e com uma visão pragmática e dominadora. 
Ø  Toqueville afirma que a democracia americana é o espelho de tudo, é o exemplo para o mundo.

(Lucimar Simon)