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domingo, 13 de março de 2011

Texto: METÁFORA E NAÇÃO A IDENTIDADE LATINA AMERICANA

METÁFORA E NAÇÃO A IDENTIDADE LATINA AMERICANA

Texto base: Tereza M. Malatian: Metáfora e Nação: A identidade Latino-Americana em Manoel Bomfim.

Nas últimas décadas, é possível perceber uma tendência global em torno de certa sintonia relativa a preocupações com o problema nacional, fenômeno que tem a sua origem, consensualmente associada à emergência da revolução burguesa, a partir da identificação sugerida entre a soberania da nação e a soberania do Estado. Essa tendência tem se desmembrado em solo não-europeu, particularmente em espaço latino-americano, em “reinvenções” que, nos dias de hoje, ainda mais suscitam controvérsias e expressam as inquietações contemporâneas intrínsecas ao tema da identidade nacional. Essas inquietações recentes são expressas em debates interdependentes relativos, por um lado, à natureza da própria teoria social, que é uma espécie de “termômetro” das alternativas explicativas no âmbito das ciências sociais e, por outro, às principais questões suscitadas pelas mudanças percebidas na estrutura social a partir da aceleração do processo de globalização.

INQUIETAÇÕES DOS INTELECTUAIS NO SÉCULO XIX E XX

Significado da América Latina
Identidade como ponto de partida
Inserção no mundo internacional, reconhecimento.
A identidade é o ponto de partida para isso
A identidade está ligada ao fator etnia.
Superação das barbáries.
Como superar a barbárie?
Como construir a identidade
Questionar os males da crise
O parasitismo é todo mal patológico para a América Latina diz Bomfim
Bomfim é desconsiderado devido suas idéias.
Seu estudo afirma que uma patologia foi herdada dos colonizadores
Discute uma mentalidade fraudada e que atribui a culpa a nossa sociedade
Nacionalismo – desvantagem.

VISÃO DE MANOEL BONFIM EM MALATIAN

Resposta indignada contra a visão eurocêntrica

OBJETIVO.

Subir a civilização, a educação, o progresso.
Questionar os males da crise

DIAGNOSTICO

Visão organicista do social
Parasitismo
Categoria – Conte – História
Acompanha a hegemonia social
Legitima o imperialismo

RESPONSABILIDADE DO EUROPEU POR TODO O IMAGINÁRIO

Levar a civilização para o mundo
Liberalismo com idéia fora do lugar
A idéia de poder traduz o conceito de donos do poder
Quem tem o conhecimento da história tem o poder.

CONCLUINDO

Podemos afirmar igualmente que como dois pólos que se atraem e se repelem o Brasil é e, ao mesmo tempo, não é América Latina. Esta existência contraditória leva a propor uma reflexão sobre o distanciamento político e cultural entre o Brasil e os demais países da América Latina de colonização espanhola. A explicação mais simples para esse fenômeno começa invariavelmente pela afirmação de que a cultura brasileira está profundamente marcada por uma tradição eurocêntrica, responsável, portanto, pelo fato do país estar de olhos postos na Europa e de costas para a América Latina. Ainda que esta indicação seja indiscutível, permanece demasiadamente genérica, fechando-se nela mesma. Algumas constatações sobre o passado histórico das duas Américas a portuguesa e a espanhola são também inelutáveis. As metrópoles ibéricas desenharam limites não apenas geográficos, mas também culturais e políticos que dividiram suas colônias e criaram interesses econômicos e sociais específicos para cada região. E as independências não solucionaram esse impasse e não promoveram a tão proclamada necessidade de união entre todos os americanos do sul.

No intervalo que compreende as últimas décadas do século XIX e meados da década de 1910, as tentativas de interpretar o nacional são conduzidas a partir da possibilidade percebida de articulação dos conceitos de raça e meio, com o objetivo de encontrar uma espécie de via alternativa cujo eixo preservaria a “singularidade sócio-racial brasileira”; entretanto, essas tentativas são guiadas, do ponto de vista teórico, por uma perspectiva determinista de cunho racial. De fato, considere-se o próprio termo “miscigenação”, cuja influência no discurso imperial e colonial contemporâneo é evidente em torno das referências negativas às uniões de “raças” distintas tendo passado a ser, inevitavelmente, na virada dos séculos XIX-XX, parte do discurso colonialista do racismo. Porem toda este discussão esta muito além das mínimas aqui apresentadas para este pequeno texto, então mantermos uma linha de pesquisas que mencione e relate com mais profundidade este assunto faz-se necessário, mas isso fica para outro momento.

(Lucimar Simon)

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