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domingo, 6 de março de 2011

Texto: A AMÉRICA CONTEMPORÂNEA NA VISÃO DE MANOEL BOMFIM

A AMÉRICA CONTEMPORÂNEA NA VISÃO DE MANOEL BOMFIM

Texto base: Manoel Bomfim, Parasitismo e Degeneração

Em livros como América Latina: males de origem, publicado em 1905 e O Brasil Nação: Realidade da soberania brasileira, publicado em 1931, Manoel Bomfim formulou princípios norteadores para a construção das nações latino-americanas, e, por conseguinte, brasileira, sob um modelo progressista, isto é, de uma nação que superasse o atraso e conseguisse a sua soberania nacional. Segundo Bomfim, somente um grande esforço educativo poderia levar esses países à condição de ser, de fato, “senhor dos seus destinos”, só a educação garantiria a soberania nacional. Mas ele mesmo lembrava: acho que estamos diante de uma grande utopia. Manoel Bomfim, intelectual sergipano, nasceu em 08 de agosto de 1868, na cidade de Aracaju.

TEMPO HISTÓRICO DE MANOEL BOMFIM

Razões do atraso da América Latina
Dificuldade na construção de uma sociedade liberal democrática integradora
Escravidão e vida social imobilismo social

Manoel Bonfim Sergipano 1868-1932

Acreditava na unificação da América Latina.
Faz criticas a vinda de europeus pra a América Latina.
Manoel Bomfim e Freyre têm sua importância para a América Latina.
O tempo histórico é o tempo peculiar a uma sociedade. Manoel Bomfim: canudos, conselheiro, seca, fome.
Darwinismo social, seleção natural das espécies.
Se no setor biológico há uma concorrência logo no social também haverá uma grande concorrência nos séculos XIX e XX.
Nacionalismo que leva a primeira guerra mundial.
Surge a necessidade de construir de uma identidade Latino Americana.
Como construir essa identidade? Por quê? Para que? O nacionalismo.
Comprovar sua autonomia sua independência.

MANOEL BOMFIM APONTA ONDE ESTA A CULPA DO ATRASO DA AMÉRICA LATINA.

Esta no biológico ou esta no social? Esta aqui ou esta lá fora?
Segundo Bomfim esta em Portugal e na Espanha que se tornaram parasitas das colônias.

PORQUE OS ITALIANOS E ALEMÃES VIERAM PARA A AMÉRICA LATINA?

Bomfim defende a idéia de branqueamento da raça
Mercado de trabalho laborioso. Vieram para o trabalho
Os movimentos messiânicos são questões sociais e eles representam uma luta contra a exclusão social
A continuidade do processo escravista era datada pelas idéias do darwinismo social.
Para Bomfim a escravidão é uma forma de imobilismo social
O positivismo francês é contra as realidades negativas cria enciclopédia para positivar essa situação.

Em 1904, em um de seus artigos: O progresso pela instrução, o autor já constatava a sua ansiedade frente ao problema que adotou como reflexão por longo tempo: Pretender a verdade e a pureza de um regime democrático em nação onde 90% dos indivíduos são incapazes de vida pública porque são analfabetos, é procurar um absurdo (BOMFIM, 1904).

E REAFIRMAVA ESSE PENSAMENTO TRÊS DÉCADAS DEPOIS:

“Somos uma nação ineducada, conduzidas por um Estado pervertido. Ineducada, a nação se anula; representada num Estado pervertido, a nação se degrada” (BOMFIM, 1930). Diferentemente de seus contemporâneos, que segundo Darcy Ribeiro, “gastam páginas e páginas para repetir o que os pensadores metropolitanos dizem sobre nós, com o objetivo de justificar o colonialismo europeu” (RIBEIRO, 2005, p. 11), Manoel Bomfim, por sua vez, propunha desvendar as origens dos problemas do Brasil e da América Latina. Questionava as raízes do atraso, os empecilhos para a constituição de uma sociedade democrática e integradora. E para a construção desta sociedade democrática, defendia a expansão da educação pública para o acesso de todos ao saber.

UM PENSADOR REBELDE: A DENÚNCIA DO RACISMO CIENTÍFICO

Na segunda metade do século XIX, aportaram em terras brasileiras muitas teorias explicativas para o atraso ou o progresso das nações. Explicações essas que tiveram sua gênese na Europa, como o positivismo de Comte; o evolucionismo de Spencer; o transformismo de Darwin e a etnologia de Gobineau, entre outros. Estas teorias moldaram a construção de um discurso explicador do Brasil, num contexto político-cultural onde a pauta principal dos debates entre os intelectuais e políticos era a possibilidade, ou não, da constituição futura da nação brasileira em termos mais democráticos e progressistas. Um dos problemas com força intelectual no fim do século XIX era a idéia de que a composição multirracial era um obstáculo para a formação da nação. Levar a cabo todas essas afirmações pode ser deliberadamente improviso, mas aceitar a atentar que esta centrada num plano real de verdade pode ser uma boa forma de repensar o cenário e tão logo buscar políticas afirmativas sobre o assunto.

(Lucimar Simon)

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