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domingo, 28 de março de 2010

Texto: RELIGIÃO E PENSAMENTO POLÍTICO NO MUNDO ANTIGO: ENTRE A TRADIÇÃO CLÁSSICA E A CRISTÃ

RELIGIÃO E PENSAMENTO POLÍTICO NO MUNDO ANTIGO: ENTRE A TRADIÇÃO CLÁSSICA E A CRISTÃ

O Pensamento Político na Grécia Antiga: A visão de Homero, Platão e Aristóteles

ANA PENHA GABRECHT

Estudar o Mundo Grego para certos pesquisadores é realmente uma forma de prazer, particularmente penso que é este o motivo que leva a autora a este aprofundamento, levando em conta detalhes do cotidiano grego. A autora inicia seu trabalho, relacionando as epopéias homéricas, (Ilíada e Odisséia), com textos de Platão, (O Político), e Aristóteles, (Política), comparando a transição do mundo Homero para o mundo da polis grega. Em várias partes do texto é feito um merecido reconhecimento aos gregos que "inventaram" a Política, pois segundo Finley, 1998: 31, os gregos adotaram uma posição inovadora e localizaram a fonte da autoridade na polis e nas comunidades e decidiram pela política direção de suas rotinas pela decisão na assembléia de cidadãos.

O nosso pensamento político nasceu dos gregos e a própria palavra política tem origem na polis, porém, isto não afirma que antes dos gregos não havia algo semelhante, porém não com tanta integração e aceitação. No entanto há dúvidas que as civilizações no período Homérico teriam uma formação de Estado, todavia não se descarta nenhuma hipótese devido contradições e autorias duvidosas. Os gregos foram os primeiros a separar política e religião, mas o caráter sagrado não foi totalmente retirado da política, nem no apogeu da democracia nem do Mundo Grego, pois havia altares em todas partes e eram constantes os sacrifícios para celebrar um ato público. Para o funcionamento desta sociedade era necessário um consenso, uma noção de comunidade e uma autêntica disposição pôr parte de seus membros, respeitando as regras tradicionais e aceitando as autoridades legítimas, dai o surgimento e aceitação do "poder da lei” tão citada pôr Platão e Aristóteles e todo esse processo chamado de política.

AS RELAÇÕES POLÍTICAS NO MUNDO HOMÉRICO, (XII E VIII A.C)

A forma de governo era uma monarquia, governada pelos Basileus (rei), constituindo um Basiléia, era hereditária baseada na lei, na aquiescência dos súditos. Os basileus deram incentivo as artes e praticaram audácia nas guerras, reuniram cidadãos e lhes conquistaram terras e assim foram elevados a reis com o consentimento do povo de seus súditos, passando este direito a seus descendentes. Estes reis eram responsáveis pela vida de todos e nos julgamentos e juramentos bastavam erguer o cetro e proferir seu veredito. Platão e Aristóteles também foram educados nos moldes da rígida educação grega, porém duvidaram da misticidade dos fatos relacionados aos ensinamentos gregos, os gregos seguiam os exemplos retirados das obras Ilíada e Odisséia, onde fala de intervenção de um herói nos fatos. A monarquia denominada absoluta e´ aquela na qual o rei decide sobre todas as coisas conforme sua vontade, Aristóteles condena esta forma de governo, dizendo que, "não é justo que um homem desempenhe suprema magistratura quando todos são iguais", as epopéias colocam em cheque as monarquias e assim fazem os pesquisadores refletirem sobre o assunto.

O NASCIMENTO DA POLIS E A POLÍTICA

Segundo Aristóteles a polis era um ideal de democracia e também uma unidade natural e justa da sociedade humana que constitui o desenvolvimento natural da família e da aldeia, tornando a comunidade perfeita que existe pôr natureza. Os debates políticos eram calorosos, onde a arte pela oratória predominava, e a política era realmente levada a sério, existindo uma preparação para falar e participar dela, tornando ela um exercício da linguagem, a política dava fortalecimento e embasamento a formação do corpo cívico, formando uma união em torno da polis. Aqui da- se também a formação de instituições responsáveis pôr derivados aspectos da política (boule, geron, etc.). Neste âmbito de democracia é importante frisar a não participação de mulheres, crianças, escravos, estrangeiros, entre outros, só faziam parte um grupo considerado pequeno em relação a população total grega.

A CRISE DO IDEAL DE POLIS E O OLHAR DE PLATÃO E ARISTÓTELES (IV A.C)

O ideal de polis esta muito distante da real e isso fica evidente quando se avalia a enorme desigualdade social que assolava o Mundo Grego, pois o ideal de comunhão esta frágil no isolamento de parte da população. Na entrada do século IV a. C esta diferença se acentua e quem é pobre fica miserável e o miserável mergulha nos restos dos porcos em busca da dignidade que o rico não pisou com suas sandálias, com longas amarradas. Logo Aristóteles e Platão pensam em qual seria a melhor forma de governo que seria capas de assegurar aos indivíduos seus valores. O próprio Platão que nascido de uma família aristocrática sempre participou da política e dos negócios públicos, e vendo esta dualidade surgiu uma inquietação que o fez repensar a situação da política na polis grega daí o surgimento de sua obra, O político, que utiliza a figura de um pastor que tem a direção e o cuidado de u rebanho humano, mais precisamente é a cabeça de uma comunidade doméstica a qual dirige buscando o bem de todos seus membros, nesta obra ele esboça as formas de governo e sua visão de como seria sua atuação sobre a sociedade.

Vários séculos se passaram de Homero, Aristóteles e Platão e a política continua sendo coisa de poucos para poucos, onde o verdadeiro interessado fica a margem dando com as mãos movimento de volta e faça seu papel, englobe sua cria, realiza seu trabalho, absorva a fome a miséria, transforme vidas, de bem a quem procura e atenda um mínimo, que der dignidade aos seus colaboradores ou seja pagadores de tributos para gerar o retorno que de longe não retorna.

IMAGENS DO FUTURO SEGUNDO A TRADIÇÃO APOCALÍPTICA: O TESTEMUNHO DO APOCALIPSE DE TOMÉ

GILVAN VENTURA DA SILVA

O autor, nos seus estudos e pesquisas expressa aqui uma visão de que o homem caminha para seu fim perante a divindade, pois a partir da expulsão dele do paraíso ficou exposto as complexidades da vida, e temos uma seqüência de fatos que remetem o homem ao reencontro com Deus, seu criador. Esta sendo feita uma avaliação da concepção do messias quanto divino e humano, há uma contradição quanto sua posição de líder religioso ou redentor, salvador místico do mundo. O homem busca aqui certezas, porem não as encontra e isso o coloca em conflito com o espiritual e terreno, o qual gera uma dualidade de pensamento quanto ao fim ou inicio de uma nova ordem espiritual.
Constantinopla aqui é citada como uma das cidades mais importantes no papel de divulgadora de religião, cultura, política e economia, e compreende o espaço de capital do Império Romano do Oriente. Tinha por objetivo mostra a magnitude, e iguala-se em beleza e demissões a cidade de Roma, capital do Império do Ocidente, acirrando uma rivalidade já cometida em anos anteriores. Afirma que a construção de Constantinopla foi para exaltar a grandeza do Oriente, e do poder imperial, não deixando de fazer menção a discutida aceitação do imperador e sua conversão ao cristianismo, porém sem abandonar alguns vestígios da cultura pagã, tendo até liberação de diversos cultos e rituais de adoração aos deuses do paganismo. Estátuas do imperador eram erguidas a todo momento em diversos locais da cidade para mostrar poder e dominação.

IMPÉRIO ROMANO E CRISTIANISMO: A IDÉIA DE IMPÉRIO NA OBRA A CIDADE DE DEUS DE AGOSTINHO DE HIPONA

MIGUEL MARVILHA

Nas campanhas de conquistas de terras e dominação de espaço territorial os reis saem em busca de novos reinos e lugares os quais podem favorecer ou aumentar seu poderio e domínio. Com uma política de total subjeção do grupo dominado eles vão massacrando povos sem piedade.
O principal relato é a invasão de Constantino a cidade Roma, os derrotados não eram poupados, e eram impostos diversos tipos de expropriações.

O NASCIMENTO DE UMA CIDADE: CONSTANTINOPLA E SUA HERANÇA CRISTÃ E PAGÃ

ÉRICA CRISTHYANE MORAIS DA SILVA

A autora tem pôr objetivo argumentar a importância de Santo Agostinho de Hipona, afirmando sua contribuição para um legado cultural e de conhecimento histórico através de suas obras, e sermões, os quais tem uma enorme influência na sociedade medieval. Santo Agostinho tem como principal obra, A cidade de Deus, e nesta obra fica exposta a concepção agostiniana sobre a Idade Média. A transcrição da obra relata a posição do clero perante a sociedade, caracterizando a hierarquia religiosa, a posição dos bispos quanto diversas situações, as quais as vezes com significados menos ou mais irrelevantes.

Aborda assuntos como a função dos clérigos, os quais defendiam os interesses da comunidade cristã, mas também os interesses das cidades e respondiam também pelos fiéis, e é claro em alguns casos até dos pagãos, saques e invasões são avaliados de uma maneira crítica e o apoio a cultura pagã fica exposta após perseguição dos cristãos a qual Santo Agostinho não concorda, pois afirma a importância da cultura pagã para com o desenvolvimento da cidade de Roma, e em seguida faz uma análise do início e fim de pequenas e grandes cidades da Idade Média.

Critica também a escravidão e afirma não concordar com a submissão de um homem a outro pelo vínculo da posição social, e diz que a servidão para o perdão do pecado é a única forma legítima pois esta é exposta a aplicada com o consentimento de Deus. Sempre colocando Deus no centro de todas as coisas Agostinho afirma tal representação Divina na formação e estruturação de tudo na Terra, e o Império possui sua parte divina e natural interligadas. Porém ocupa algo menos importante e que deve ser subordinado a maior ordem, a Divina.

(Lucimar Simon)

2 comentários:

Lu Nogfer disse...

Ola meu amigo!
Ja um tempao,estou querendo vir aqui neste espaço mas por nao entrar em seu perfil acabo por esquecer.Vc nao o expos no seu blog?É que nao reparei!rs!

Sigo, e aos poucos vou lendo e de antemao lhe parabenizo pela grande qualidade do espaço que é explicita ao primeiro momento!

Beijos

FELIZ PASCOA!

ONG ALERTA disse...

Nossa história...e se formos pensar muita coisa não mudou...feliz páscoa e muita paz.