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domingo, 3 de outubro de 2010

Texto: PROJETO DE ATIVIDADE PEDAGOGICA

Projeto de Atividade Pedagógica

Professor:

Lucimar Simon

Aplicabilidade:

Série: 3º Ano do Ensino Médio.

Tema:

Imperialismo na África: Investidas, dominação política, econômica, social e cultural do século XV ao século XX.

Objetivo Geral:

Compreender as relações conflituosas entre os revolucionários africanos, África e os países imperialistas desde os primórdios da colonização do território africano pelos países europeus, analisando: Colonização e Descolonização do solo africano, quais suas implicações políticas, culturais, sociais e econômicas.

Objetivos da Aula:

Realizar a leitura do artigo da Revista Veja: “Crianças que matam” objetivando incentivar a atividade do painel.
Explicar como acontece a formação de soldados crianças para combater o governo local e os opositores aos “revolucionários”.
Compreender a disputa pelas minas de diamantes entre os revolucionários locais, governo local e países importadores de diamantes das áreas africanas em conflitos internos.
Relacionar os conflitos do passado próximo (colonização) com o presente. (drogas, doenças, guerras civis, mortalidade infantil) e quais as implicações para o presente do continente africano.

Metodologia:

Apresentar o filme (cena 09).

Na cena 09, é retratado como as crianças (meninos) recebem “tratamento” para que possam fazer parte do exército revolucionário (de rebeldes). Dentro de um galpão da Frente Revolucionaria Unida recebem uma surra como medida disciplinar, acompanhada de palavras insultuosas e persuasivas do instrutor afirmando que, a partir daquele momento, a Frente Revolucionária Unida (FRU) seria a única família deles. Em seguida, os meninos aprendem como manejar armas, e disparam impetuosamente em alvos fixados nas paredes e ao mesmo tempo, recebem todo “apoio psicológico” para tal desempenho. O instrutor prossegue as aulas dizendo que os pais dos garotos são fracos, e que não fizeram nada além de sugar o sangue do país (Serra Leoa). Afirma de maneira proposital, determinando o tipo de caráter desejado para os aprendizes, serem os meninos heróis que salvaram a nação e, por isso, não seriam mais crianças, mas sim homens.
A essas crianças era prometido o respeito (as pessoas passariam a ter medo deles) proveniente das armas; caso fossem desrespeitados não se deveria poupar sangue. Como forma melhor de aprender, eram obrigados repetir várias vezes a frase: “Derramaremos sangue”. Aos soldados da revolução (assim chamados depois da transformação psíquico-comportamental) os meninos teriam completa assistência: comida, armas e drogas. Na cena do filme, o menino Dia (filho de Solomon) foi promovido de soldado para general pelo seu comandante.
As crianças soldados eram responsáveis por guardar pontes estradas e fazer massacres e saques nas aldeias do país onde não poupavam velhos, mulheres e nem outras crianças.

Despertar nos alunos interesse para outras leituras, visando o entendimento do objetivo geral.
Incentivar pesquisas em livros, e na internet sobre a situação atual da África: fome, miséria, drogas, pobreza, guerras civis, doenças.

Recursos didáticos:

Projeção de imagens no DVD, quadro, exposição oral.

Atividades:

Debate em sala, comentários de dúvidas recorrentes da apresentação oral e da leitura do artigo “Crianças que Matam”, Revista Veja.
Montar um cartaz com fotos, gravuras, recortes, manchetes de jornais e revistas que remontem situações da África e as condições de vida das crianças negras africanas hoje, observando as diferenças anteriores para as recentes. (apresentação na próxima aula)

Relação passado/presente:

Compreender as relações, passado e presente avaliando a situação da África seus povos homens e crianças nos dias de hoje, qual seu lugar na sociedade e as expectativas que cercam este continente no mundo hoje, analisando as divergências e desigualdades sociais dentro do próprio continente objetivando a visão de um futuro próximo.

Resumo do Filme:

Tendo como pano de fundo o caos e a guerra civil que dominou Serra Leoa na década de 1990, o filme Diamante de Sangue conta a história de Danny Archer (LEOARDO DICAPRIO), um ex-mercenário do Zimbábue, e Solomon Vandy (DJIMON HOUNSOU), um pescador da etnia Mende. Ambos são africanos, mas suas histórias e circunstâncias de vida são totalmente diferentes até que o destino os reúne numa busca para recuperar um raro diamante rosa, o tipo de pedra que pode transformar uma vida, ou acabar com ela.
Solomon, o qual foi arrancado de sua família e forçado a trabalhar nos campos de diamante, encontra a pedra extraordinária e se arrisca a escondê-la ciente de que, se for descoberto, será morto imediatamente. Mas ele também sabe que o diamante poderia não apenas fornecer os meios para salvar a esposa e as filhas de uma vida de refugiadas, como também ajudar a resgatar seu filho, Dia, de um destino muito pior como soldado infantil.
Archer, que vivia da troca de diamantes por armas, fica sabendo da pedra de Solomon enquanto está na prisão por contrabando. Ele sabe que um diamante como esse só se encontra uma vez na vida e vale o bastante para ser seu bilhete de saída da África e do ciclo de violência e corrupção no qual ele era um jogador dedicado.
Então surge Maddy Bowen (JENNIFER CONNELLY), uma jornalista americana idealista que está em Serra Leoa para desvendar a verdade por trás dos diamantes de sangue, expondo a cumplicidade dos chefes da indústria das pedras, que optaram pelo lucro no lugar dos princípios. Maddy vai atrás de Archer como fonte para seu artigo, porém logo descobre que é ele quem precisa muito mais dela.
Com a ajuda de Maddy, Archer e Solomon se embrenham por uma perigosa trilha dentro do território rebelde. Archer precisa de Solomon para encontrar e recuperar o valioso diamante rosa, porém Solomon anseia por algo muito mais precioso, seu filho.
Após uma sucessão de chacinas de famílias inteiras por milícias africanas, amputações de braços de supostos inimigos a sangue frio, assassinatos brutais de crianças e mulheres e uma seqüência de horror de trabalho escravo, um personagem do filme "Diamante de Sangue" observa: “Tomara que nunca encontrem petróleo aqui. Aí, sim, teríamos problemas".
Em meio a doses equilibradas de aventura e drama, o longa, Diamante de Sangue consegue levantar uma denúncia política relevante: O caso dos chamados “diamantes de conflito”, vendidos por grupos guerrilheiros a grandes empresas internacionais e revendidos aos consumidores de jóias.
Diamante de Sangue, um filme que emociona e choca ao mesmo tempo e que também mostra a dura realidade da África. O filme é um drama de ação que aborda um assunto muito delicado sobre a exportação ilegal de diamantes. Leonardo Dicaprio faz uma atuação intensa com o personagem Danny Archer, mostrando todo o cinismo de um contrabandista de diamantes. Djimon Hounson e Jennifer Connely também estão ótimos nesse filme que toca emociona e protesta ao mesmo tempo.

Ficha Técnica:

Título Original: Blood Diamond (Diamante de Sangue)
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 138 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2006
Site Oficial: www.diamantedesangue.com.br

Elenco principal:

Leonardo DiCaprio (Danny Archer)
Jennifer Connelly (Maddy Bowen)
Djimon Hounson (Solomon Vandy)
Kagiso Kuypers (Dia Vandy)
Arnold Vosloo (Coronel Coetzee)
Michael Sheen (Simmons)
Marius Weyers (Van De Kaap)

Bibliografia básica:

Wesseling, H. L. Dividir para Dominar: A partilha da África 1880 – 1914: Editora. UFRJ, 1998.
Hernandez, Leila Leite. A África na Sala de Aula: Visita a História Contemporânea: Editora: Editora. Selo Negro, 2005.
Simão, Juliana. Crianças que Matam. Revista Veja: 09 de julho de 2003, pg. 59 e 60 Ed. Abril, 2003.

(Lucimar Simon)

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