RELIGIÃO E PENSAMENTO POLÍTICO NO MUNDO ANTIGO: ENTRE A TRADIÇÃO CLÁSSICA E A CRISTÃ
O Pensamento Político na Grécia Antiga: A visão de Homero, Platão e Aristóteles
ANA PENHA GABRECHT
Estudar o Mundo Grego para certos pesquisadores é realmente uma forma de prazer, particularmente penso que é este o motivo que leva a autora a este aprofundamento, levando em conta detalhes do cotidiano grego. A autora inicia seu trabalho, relacionando as epopéias homéricas, (Ilíada e Odisséia), com textos de Platão, (O Político), e Aristóteles, (Política), comparando a transição do mundo Homero para o mundo da polis grega. Em várias partes do texto é feito um merecido reconhecimento aos gregos que "inventaram" a Política, pois segundo Finley, 1998: 31, os gregos adotaram uma posição inovadora e localizaram a fonte da autoridade na polis e nas comunidades e decidiram pela política direção de suas rotinas pela decisão na assembléia de cidadãos.
O nosso pensamento político nasceu dos gregos e a própria palavra política tem origem na polis, porém, isto não afirma que antes dos gregos não havia algo semelhante, porém não com tanta integração e aceitação. No entanto há dúvidas que as civilizações no período Homérico teriam uma formação de Estado, todavia não se descarta nenhuma hipótese devido contradições e autorias duvidosas. Os gregos foram os primeiros a separar política e religião, mas o caráter sagrado não foi totalmente retirado da política, nem no apogeu da democracia nem do Mundo Grego, pois havia altares em todas partes e eram constantes os sacrifícios para celebrar um ato público. Para o funcionamento desta sociedade era necessário um consenso, uma noção de comunidade e uma autêntica disposição pôr parte de seus membros, respeitando as regras tradicionais e aceitando as autoridades legítimas, dai o surgimento e aceitação do "poder da lei” tão citada pôr Platão e Aristóteles e todo esse processo chamado de política.
AS RELAÇÕES POLÍTICAS NO MUNDO HOMÉRICO, (XII E VIII A.C)
A forma de governo era uma monarquia, governada pelos Basileus (rei), constituindo um Basiléia, era hereditária baseada na lei, na aquiescência dos súditos. Os basileus deram incentivo as artes e praticaram audácia nas guerras, reuniram cidadãos e lhes conquistaram terras e assim foram elevados a reis com o consentimento do povo de seus súditos, passando este direito a seus descendentes. Estes reis eram responsáveis pela vida de todos e nos julgamentos e juramentos bastavam erguer o cetro e proferir seu veredito. Platão e Aristóteles também foram educados nos moldes da rígida educação grega, porém duvidaram da misticidade dos fatos relacionados aos ensinamentos gregos, os gregos seguiam os exemplos retirados das obras Ilíada e Odisséia, onde fala de intervenção de um herói nos fatos. A monarquia denominada absoluta e´ aquela na qual o rei decide sobre todas as coisas conforme sua vontade, Aristóteles condena esta forma de governo, dizendo que, "não é justo que um homem desempenhe suprema magistratura quando todos são iguais", as epopéias colocam em cheque as monarquias e assim fazem os pesquisadores refletirem sobre o assunto.
O NASCIMENTO DA POLIS E A POLÍTICA
Segundo Aristóteles a polis era um ideal de democracia e também uma unidade natural e justa da sociedade humana que constitui o desenvolvimento natural da família e da aldeia, tornando a comunidade perfeita que existe pôr natureza. Os debates políticos eram calorosos, onde a arte pela oratória predominava, e a política era realmente levada a sério, existindo uma preparação para falar e participar dela, tornando ela um exercício da linguagem, a política dava fortalecimento e embasamento a formação do corpo cívico, formando uma união em torno da polis. Aqui da- se também a formação de instituições responsáveis pôr derivados aspectos da política (boule, geron, etc.). Neste âmbito de democracia é importante frisar a não participação de mulheres, crianças, escravos, estrangeiros, entre outros, só faziam parte um grupo considerado pequeno em relação a população total grega.
A CRISE DO IDEAL DE POLIS E O OLHAR DE PLATÃO E ARISTÓTELES (IV A.C)
O ideal de polis esta muito distante da real e isso fica evidente quando se avalia a enorme desigualdade social que assolava o Mundo Grego, pois o ideal de comunhão esta frágil no isolamento de parte da população. Na entrada do século IV a. C esta diferença se acentua e quem é pobre fica miserável e o miserável mergulha nos restos dos porcos em busca da dignidade que o rico não pisou com suas sandálias, com longas amarradas. Logo Aristóteles e Platão pensam em qual seria a melhor forma de governo que seria capas de assegurar aos indivíduos seus valores. O próprio Platão que nascido de uma família aristocrática sempre participou da política e dos negócios públicos, e vendo esta dualidade surgiu uma inquietação que o fez repensar a situação da política na polis grega daí o surgimento de sua obra, O político, que utiliza a figura de um pastor que tem a direção e o cuidado de u rebanho humano, mais precisamente é a cabeça de uma comunidade doméstica a qual dirige buscando o bem de todos seus membros, nesta obra ele esboça as formas de governo e sua visão de como seria sua atuação sobre a sociedade.
Vários séculos se passaram de Homero, Aristóteles e Platão e a política continua sendo coisa de poucos para poucos, onde o verdadeiro interessado fica a margem dando com as mãos movimento de volta e faça seu papel, englobe sua cria, realiza seu trabalho, absorva a fome a miséria, transforme vidas, de bem a quem procura e atenda um mínimo, que der dignidade aos seus colaboradores ou seja pagadores de tributos para gerar o retorno que de longe não retorna.
IMAGENS DO FUTURO SEGUNDO A TRADIÇÃO APOCALÍPTICA: O TESTEMUNHO DO APOCALIPSE DE TOMÉ
GILVAN VENTURA DA SILVA
O autor, nos seus estudos e pesquisas expressa aqui uma visão de que o homem caminha para seu fim perante a divindade, pois a partir da expulsão dele do paraíso ficou exposto as complexidades da vida, e temos uma seqüência de fatos que remetem o homem ao reencontro com Deus, seu criador. Esta sendo feita uma avaliação da concepção do messias quanto divino e humano, há uma contradição quanto sua posição de líder religioso ou redentor, salvador místico do mundo. O homem busca aqui certezas, porem não as encontra e isso o coloca em conflito com o espiritual e terreno, o qual gera uma dualidade de pensamento quanto ao fim ou inicio de uma nova ordem espiritual.
Constantinopla aqui é citada como uma das cidades mais importantes no papel de divulgadora de religião, cultura, política e economia, e compreende o espaço de capital do Império Romano do Oriente. Tinha por objetivo mostra a magnitude, e iguala-se em beleza e demissões a cidade de Roma, capital do Império do Ocidente, acirrando uma rivalidade já cometida em anos anteriores. Afirma que a construção de Constantinopla foi para exaltar a grandeza do Oriente, e do poder imperial, não deixando de fazer menção a discutida aceitação do imperador e sua conversão ao cristianismo, porém sem abandonar alguns vestígios da cultura pagã, tendo até liberação de diversos cultos e rituais de adoração aos deuses do paganismo. Estátuas do imperador eram erguidas a todo momento em diversos locais da cidade para mostrar poder e dominação.
IMPÉRIO ROMANO E CRISTIANISMO: A IDÉIA DE IMPÉRIO NA OBRA A CIDADE DE DEUS DE AGOSTINHO DE HIPONA
MIGUEL MARVILHA
Nas campanhas de conquistas de terras e dominação de espaço territorial os reis saem em busca de novos reinos e lugares os quais podem favorecer ou aumentar seu poderio e domínio. Com uma política de total subjeção do grupo dominado eles vão massacrando povos sem piedade.
O principal relato é a invasão de Constantino a cidade Roma, os derrotados não eram poupados, e eram impostos diversos tipos de expropriações.
O NASCIMENTO DE UMA CIDADE: CONSTANTINOPLA E SUA HERANÇA CRISTÃ E PAGÃ
ÉRICA CRISTHYANE MORAIS DA SILVA
A autora tem pôr objetivo argumentar a importância de Santo Agostinho de Hipona, afirmando sua contribuição para um legado cultural e de conhecimento histórico através de suas obras, e sermões, os quais tem uma enorme influência na sociedade medieval. Santo Agostinho tem como principal obra, A cidade de Deus, e nesta obra fica exposta a concepção agostiniana sobre a Idade Média. A transcrição da obra relata a posição do clero perante a sociedade, caracterizando a hierarquia religiosa, a posição dos bispos quanto diversas situações, as quais as vezes com significados menos ou mais irrelevantes.
Aborda assuntos como a função dos clérigos, os quais defendiam os interesses da comunidade cristã, mas também os interesses das cidades e respondiam também pelos fiéis, e é claro em alguns casos até dos pagãos, saques e invasões são avaliados de uma maneira crítica e o apoio a cultura pagã fica exposta após perseguição dos cristãos a qual Santo Agostinho não concorda, pois afirma a importância da cultura pagã para com o desenvolvimento da cidade de Roma, e em seguida faz uma análise do início e fim de pequenas e grandes cidades da Idade Média.
Critica também a escravidão e afirma não concordar com a submissão de um homem a outro pelo vínculo da posição social, e diz que a servidão para o perdão do pecado é a única forma legítima pois esta é exposta a aplicada com o consentimento de Deus. Sempre colocando Deus no centro de todas as coisas Agostinho afirma tal representação Divina na formação e estruturação de tudo na Terra, e o Império possui sua parte divina e natural interligadas. Porém ocupa algo menos importante e que deve ser subordinado a maior ordem, a Divina.
(Lucimar Simon)
NESTE BLOG TENHO INTENÇAO DE PUBLICAR INFORMAÇOES HISTORICAS, FATOS, DADOS HISTORIOGRAFICOS, TRABALHOS ACADEMICOS E OUTROS ASSUNTOS PERTINENTES COM UMA REALIDADE HISTORICA E O CONTEUDO APRECIADO EM SALA DE AULA NO CURSO DE GRADUAÇAO EM HISTORIA PELA UNIVERSISDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO (UFES) ESTA IMAGEM DE FUNDO É DA DEUSA CLIO A DEUSA PROTETORA DOS HISTORIADORES
domingo, 28 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Texto: VIGIAR E PUNIR
VIGIAR E PUNIR
(Michel Foucault)
No estudo da prisão, a originalidade de Foucault consiste em abandonar o critério tradicional dos efeitos negativos de repressão da criminalidade, definido pelas formas jurídicas e delimitado pelas conseqüências da aplicação da lei penal, para pesquisar os efeitos positivos da prisão, como tática política de dominação orientada pelo saber científico, que define a moderna tecnologia do poder de punir, caracterizada pelo investimento do corpo por relações de poder, a matriz comum das ciências sociais contemporâneas.
O objetivo de Foucault, em Vigiar e Punir é descrever a história do poder de punir. Como história da prisão, cuja instituição muda o estilo penal, do suplício do corpo da época medieval para a utilização do tempo no arquipélago carcerário do capitalismo moderno. Assim, demonstrando a natureza política do poder de punir, o suplício do corpo do estilo medieval (roda, fogueira etc.) é um ritual público de dominação pelo terror: o objeto da pena criminal é o corpo do condenado, mas o objetivo da pena criminal é a massa do povo, convocado para testemunhar a vitória do soberano sobre o criminoso, o rebelde que ousou desafiar o poder. O processo medieval é inquisitorial e secreto: uma sucessão de interrogatórios dirigidos para a confissão, sob juramento ou sob tortura, em completa ignorância da acusação e das provas; mas a execução penal é pública, porque o sofrimento do condenado, mensurado para reproduzir a atrocidade do crime, é um ritual político de controle social pelo medo que fará as pessoas submissas à vontade do detentor da força coesiva.
Desse ponto de vista, o sistema punitivo seria um subsistema social garantidor do sistema de produção da vida material, cujas práticas punitivas consubstanciam uma economia política do corpo para criar docilidade e extrair utilidade das forças corporais. A perspectiva histórica da pesquisa de Foucault parece assumir que as relações de produção da vida material engendram as relações de dominação do sistema punitivo, orientadas para (re) construir o corpo como força produtiva, ou seja, como poder produtivo, e como força submetida, mediante constituição de um poder político sobre o poder econômico do corpo. Na linguagem de Vigiar e Punir as relações de saber e de controle do sistema punitivo, constituem a microfísica do poder, a estratégia das classes dominantes para produzir a alma como prisão do corpo do condenado à forma acabada da ideologia de submissão de todos os vigiados, corrigidos e utilizados na produção material das sociedades modernas. Nesse contexto, o binômio poder / saber aparece em relação de constituição recíproca: o poder produz o saber que legitima e reproduz o poder.
No estudo de Foucault, a instituição da prisão substitui o espetáculo punitivo da sociedade feudal, porque a ilegalidade dos corpos da economia feudal de subsistência foi substituída pela ilegalidade dos bens da economia capitalista de privação. Na formação social erigida sobre a relação capital / trabalho assalariado, as ilegalidades são reestruturadas pela posição de classe dos autores: a ilegalidade dos bens das classes populares, julgada por tribunais ordinários, é punida com prisão ao contrário da ilegalidade dos direitos da burguesia, estimulada pelos silêncios, omissões e tolerâncias da legislação, imune à punição ou sancionada com multas, legitimada pela ideologia do contrato social, em que a posição de membro da sociedade implica aceitação das normas e a prática de infrações determina aceitação da punição. Neste ponto, o gênio de Foucault formula as primeiras grandes hipóteses críticas do trabalho, que parece ser o fio condutor da pesquisa descrita no livro, além de vincular Vigiar e Punir à tradição principal da Criminologia.
Por que a prisão, em posição marginal na sociedade feudal, sem caráter punitivo, ligada a ilegalidades e abusos políticos, insuscetível de controle e nociva à sociedade (custos elevados, ociosidade programada etc), se transforma na forma principal de castigo da sociedade capitalista? A resposta a essa pergunta é a disciplina, o conceito fundamental da obra de Foucault definida por Melossi como teoria materialista da ideologia nas sociedades capitalistas. A disciplina é a própria (micro) física do poder, instituída para controle e sujeição do corpo, com o objetivo de tornar o indivíduo dócil e útil: uma política de coerção para domínio do corpo alheio, ensinado a fazer o que queremos e a operar como queremos. O objetivo de produzir corpos dóceis e úteis é obtido por uma dissociação entre corpo individual, como capacidade produtiva, e vontade pessoal, como poder do sujeito sobre a energia do corpo funcional das forças corporais em aparelhos eficientes.
(Lucimar Simon)
(Michel Foucault)
No estudo da prisão, a originalidade de Foucault consiste em abandonar o critério tradicional dos efeitos negativos de repressão da criminalidade, definido pelas formas jurídicas e delimitado pelas conseqüências da aplicação da lei penal, para pesquisar os efeitos positivos da prisão, como tática política de dominação orientada pelo saber científico, que define a moderna tecnologia do poder de punir, caracterizada pelo investimento do corpo por relações de poder, a matriz comum das ciências sociais contemporâneas.
O objetivo de Foucault, em Vigiar e Punir é descrever a história do poder de punir. Como história da prisão, cuja instituição muda o estilo penal, do suplício do corpo da época medieval para a utilização do tempo no arquipélago carcerário do capitalismo moderno. Assim, demonstrando a natureza política do poder de punir, o suplício do corpo do estilo medieval (roda, fogueira etc.) é um ritual público de dominação pelo terror: o objeto da pena criminal é o corpo do condenado, mas o objetivo da pena criminal é a massa do povo, convocado para testemunhar a vitória do soberano sobre o criminoso, o rebelde que ousou desafiar o poder. O processo medieval é inquisitorial e secreto: uma sucessão de interrogatórios dirigidos para a confissão, sob juramento ou sob tortura, em completa ignorância da acusação e das provas; mas a execução penal é pública, porque o sofrimento do condenado, mensurado para reproduzir a atrocidade do crime, é um ritual político de controle social pelo medo que fará as pessoas submissas à vontade do detentor da força coesiva.
Desse ponto de vista, o sistema punitivo seria um subsistema social garantidor do sistema de produção da vida material, cujas práticas punitivas consubstanciam uma economia política do corpo para criar docilidade e extrair utilidade das forças corporais. A perspectiva histórica da pesquisa de Foucault parece assumir que as relações de produção da vida material engendram as relações de dominação do sistema punitivo, orientadas para (re) construir o corpo como força produtiva, ou seja, como poder produtivo, e como força submetida, mediante constituição de um poder político sobre o poder econômico do corpo. Na linguagem de Vigiar e Punir as relações de saber e de controle do sistema punitivo, constituem a microfísica do poder, a estratégia das classes dominantes para produzir a alma como prisão do corpo do condenado à forma acabada da ideologia de submissão de todos os vigiados, corrigidos e utilizados na produção material das sociedades modernas. Nesse contexto, o binômio poder / saber aparece em relação de constituição recíproca: o poder produz o saber que legitima e reproduz o poder.
No estudo de Foucault, a instituição da prisão substitui o espetáculo punitivo da sociedade feudal, porque a ilegalidade dos corpos da economia feudal de subsistência foi substituída pela ilegalidade dos bens da economia capitalista de privação. Na formação social erigida sobre a relação capital / trabalho assalariado, as ilegalidades são reestruturadas pela posição de classe dos autores: a ilegalidade dos bens das classes populares, julgada por tribunais ordinários, é punida com prisão ao contrário da ilegalidade dos direitos da burguesia, estimulada pelos silêncios, omissões e tolerâncias da legislação, imune à punição ou sancionada com multas, legitimada pela ideologia do contrato social, em que a posição de membro da sociedade implica aceitação das normas e a prática de infrações determina aceitação da punição. Neste ponto, o gênio de Foucault formula as primeiras grandes hipóteses críticas do trabalho, que parece ser o fio condutor da pesquisa descrita no livro, além de vincular Vigiar e Punir à tradição principal da Criminologia.
Por que a prisão, em posição marginal na sociedade feudal, sem caráter punitivo, ligada a ilegalidades e abusos políticos, insuscetível de controle e nociva à sociedade (custos elevados, ociosidade programada etc), se transforma na forma principal de castigo da sociedade capitalista? A resposta a essa pergunta é a disciplina, o conceito fundamental da obra de Foucault definida por Melossi como teoria materialista da ideologia nas sociedades capitalistas. A disciplina é a própria (micro) física do poder, instituída para controle e sujeição do corpo, com o objetivo de tornar o indivíduo dócil e útil: uma política de coerção para domínio do corpo alheio, ensinado a fazer o que queremos e a operar como queremos. O objetivo de produzir corpos dóceis e úteis é obtido por uma dissociação entre corpo individual, como capacidade produtiva, e vontade pessoal, como poder do sujeito sobre a energia do corpo funcional das forças corporais em aparelhos eficientes.
(Lucimar Simon)
domingo, 14 de março de 2010
Texto: REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESA
(Nilo Odelia)
A liberdade como meta coletiva
Neste texto o autor vai discorrer sobre os antecedentes da Revolução Francesa, e suas comparações com outros movimentos ocorridos simultaneamente ou desencadeados ou desencadeadores deste processo que mobilizou varias forças e consagrou a formação dos Estados modernos. O autor vai usar de suas leituras para reafirmar a longa duração dos processos revolucionários e suas reais atribuições na sociedade da época e os dias atuais.
O século XVIII é por diversas razões um século diferenciado. É nele que muitos processos históricos remontam ao final da idade Media e inicio da Idade Moderna e é neste século que suas idéias atingem os ápices. Revoluções como: Revolução Francesa 1789, Revolução Americana 1776, Revolução Industrial, estes acontecimentos se deslancham pelo século XIX e XX e até os dias atuais. São estes processos que culminarão na construção do homem como direitos civis.
Compreender a Revolução Francesa como fundadora dos direitos civis impõe que não nos esqueçamos do século XVII que é conhecido como século do Iluminismo e da Ilustração por ser o século de Voltaire, Montesquieu, Kant e diversos pensadores e outros ícones da História. A consciência histórica que vai se formando não será exclusiva do intelectual, mas também da classe ascendente, a burguesia que percebe sua importância nas transformações sócias-políticas, econômicas e ate mesmo culturais que estão em ascendência.
O homem só pode pensar na felicidade como um projeto de sociedade, isto é, como uma possibilidade para todos os que nela vivem. Isso inclui toda a produção de bens materiais e bem estar social e isso deveria deixar de ser privilégios e torna-se comum a todos os cidadãos. A idéia assim de felicidade concebida representou como ainda representa uma grande conquista humana e ainda hoje se orienta os esforços humanos para uma sociedade mais justa e igualitária.
“O direito“ natural ”não é, contudo uma criação exclusiva do século XVIII, ele surge no século XVII e se fundamenta naquilo que é para esse século a característica central do homem: a razão. Os princípios matemáticos vão ser usados para provar que os direitos naturais nascem com os homens e deve ser considerado como verdadeira fonte do direito e da justiça”.
Liberdade, Igualdade, Fraternidade, são estes os direitos que vão sintetizar a natureza do novo cidadão e essas são as palavras de ordem dos que se amotinaram contra as opressões das quais a séculos padeciam. Mas essa revolução não aconteceu ou surgiu da noite para o dia como bem afirmam diversos autores e Tocqueville vai sintetizar bem essa idéia e vai dizer que a Revolução não foi obra de alguns homens do século XVIII, mas a culminância de um processo histórico.
Tanto a Revolução Americana quanto a Francesa tem seu ápice com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Sendo que a primeira tem caráter universal abarcando todos as sociedades não distinguindo países, etnias ou qualquer outra diferenciação entre seres humanos. As mobilizações vão estar sempre presentes e os representantes de cada Estado vão sempre as suas maneiras pressionar a seu favor isso aquecera os ânimos e Dara a revolução o caráter belicoso que muitos autores mencionam em suas vastas obras sobre essa magnífica Revolução.
Sempre que olharmos para o passado e fizermos algo em compreensão do presente temos que fazê-lo num pensar histórico, pois são nos fatores historicamente construídos que estão os entendimentos de tudo que foi e estar por vir na historia da humanidade, este pensar historicamente é mais que um simples exercício de reflexão, ele é o entendimento do mundo.
(Lucimar Simon)
(Nilo Odelia)
A liberdade como meta coletiva
Neste texto o autor vai discorrer sobre os antecedentes da Revolução Francesa, e suas comparações com outros movimentos ocorridos simultaneamente ou desencadeados ou desencadeadores deste processo que mobilizou varias forças e consagrou a formação dos Estados modernos. O autor vai usar de suas leituras para reafirmar a longa duração dos processos revolucionários e suas reais atribuições na sociedade da época e os dias atuais.
O século XVIII é por diversas razões um século diferenciado. É nele que muitos processos históricos remontam ao final da idade Media e inicio da Idade Moderna e é neste século que suas idéias atingem os ápices. Revoluções como: Revolução Francesa 1789, Revolução Americana 1776, Revolução Industrial, estes acontecimentos se deslancham pelo século XIX e XX e até os dias atuais. São estes processos que culminarão na construção do homem como direitos civis.
Compreender a Revolução Francesa como fundadora dos direitos civis impõe que não nos esqueçamos do século XVII que é conhecido como século do Iluminismo e da Ilustração por ser o século de Voltaire, Montesquieu, Kant e diversos pensadores e outros ícones da História. A consciência histórica que vai se formando não será exclusiva do intelectual, mas também da classe ascendente, a burguesia que percebe sua importância nas transformações sócias-políticas, econômicas e ate mesmo culturais que estão em ascendência.
O homem só pode pensar na felicidade como um projeto de sociedade, isto é, como uma possibilidade para todos os que nela vivem. Isso inclui toda a produção de bens materiais e bem estar social e isso deveria deixar de ser privilégios e torna-se comum a todos os cidadãos. A idéia assim de felicidade concebida representou como ainda representa uma grande conquista humana e ainda hoje se orienta os esforços humanos para uma sociedade mais justa e igualitária.
“O direito“ natural ”não é, contudo uma criação exclusiva do século XVIII, ele surge no século XVII e se fundamenta naquilo que é para esse século a característica central do homem: a razão. Os princípios matemáticos vão ser usados para provar que os direitos naturais nascem com os homens e deve ser considerado como verdadeira fonte do direito e da justiça”.
Liberdade, Igualdade, Fraternidade, são estes os direitos que vão sintetizar a natureza do novo cidadão e essas são as palavras de ordem dos que se amotinaram contra as opressões das quais a séculos padeciam. Mas essa revolução não aconteceu ou surgiu da noite para o dia como bem afirmam diversos autores e Tocqueville vai sintetizar bem essa idéia e vai dizer que a Revolução não foi obra de alguns homens do século XVIII, mas a culminância de um processo histórico.
Tanto a Revolução Americana quanto a Francesa tem seu ápice com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Sendo que a primeira tem caráter universal abarcando todos as sociedades não distinguindo países, etnias ou qualquer outra diferenciação entre seres humanos. As mobilizações vão estar sempre presentes e os representantes de cada Estado vão sempre as suas maneiras pressionar a seu favor isso aquecera os ânimos e Dara a revolução o caráter belicoso que muitos autores mencionam em suas vastas obras sobre essa magnífica Revolução.
Sempre que olharmos para o passado e fizermos algo em compreensão do presente temos que fazê-lo num pensar histórico, pois são nos fatores historicamente construídos que estão os entendimentos de tudo que foi e estar por vir na historia da humanidade, este pensar historicamente é mais que um simples exercício de reflexão, ele é o entendimento do mundo.
(Lucimar Simon)
domingo, 7 de março de 2010
Texto: LINGUA PORTUGUESA: UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO
LINGUA PORTUGUESA: UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO.
Tomar-se o texto como unidade de análise no campo dos estudos da linguagem pode parecer pouco questionável ou mais ainda constituir-se uma verdadeira necessidade, porem, o primeiro a empregar o termo Lingüística de texto foi, Harald Weinrich, autor alemão que postula toda lingüística ser necessariamente Lingüística de texto.
Um amplo esforço teórico com perspectivas e métodos diferenciado do campo da Lingüística Estrutural. A Lingüística de Texto vai muito além dos limites da frase, e retira da linguagem a simples função de códigos puramente informativos.
Na constituição do campo da Lingüística de Texto não houve um desenvolvimento homogêneo, tendo formas independentes em diversos paises, dentro e fora da Europa continental, em momentos distintos.
Não há consenso de ter existido uma cronologia de um momento para outro, houve uma aplicação gradual do objeto de análise da Lingüística de Texto e um afastamento da Lingüística Estrutural.
1. Com a construção de gramáticas textuais o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção sendo compreendido não como um produto acabado, mas como um processo, resultado de operações comunicativas e processos lingüísticos em situações sócio-comunicativas.
Na análise transfrástica parte-se da frase para o texto, com objetivo de construir uma unidade de sentido ao texto, pois nem tudo conseguia ser explicado pelas teorias sintáticas ou teorias semânticas.
Nas primeiras propostas de elaboração de gramáticas textuais nas palavras de Marcuchi (1998ª), tentou construir o texto como objeto da lingüística. Dizendo de outra forma as primeiras gramáticas textuais representaram um projeto de reconstrução do texto como sistema uniforme, estável e abstrato.
Entre frases e textos há uma diferença que pode ser classificada como qualitativa e quantitativa, já que a significação de um texto segundo Lang (1972), constitui um todo que é diferente das somas das partes. Além disso, consideram que o texto é a unidade lingüística mais elevada, a partir da qual seria possível chegar, por meio de segmentação, a unidades menores a serem classificadas.
A segmentação e a classificação de um texto em unidades menores deveria, no entanto, sempre considerar a função textual dos elementos individuais, ou seja, que tipo de papel cada elemento desempenha em dada configuração textual e que todo falante nativo possui um conhecimento acerca do que seja um texto, já que ele conhece as regras subjacentes e sabe quando um conjunto de enunciados constitui um texto ou quando apenas constitui um conjunto aleatório de palavras ou sentenças.
A capacidade formativa permite produzir e compreender um número elevado e ilimitado de textos inéditos, possibilitando uma avaliação sobre o texto.
A capacidade transformativa permite que o leitor seja capaz de parafrasear e resumir um texto, e avaliar com convergência, a adequação do produto.
A capacidade qualificativa, que lhe confere a possibilidade de tipificar com convergência um texto dado, dizendo se ele é uma narração, descrição, argumentação ou outros, e pode produzir um texto de tipo particular.
Segundo Fávero & Kloch (1993), se todos os usuários possuem competência textual, podia-se então justificar uma elaboração de uma gramática textual com objetivos como:
Verificar se um texto realmente possui características de texto, buscando nele coerência e textualidade.
Levantamento de critérios para a delimitação de textos, já que a completude é uma das características essenciais do texto.
DIFERENCIAÇÃO DE VARIAS ESPÉCIE DE TEXTOS.
A elaboração de gramáticas textuais foi bastante influenciada, em sua gênese, pela perspectiva gerativista. Seria semelhante a gramática de frases, um sistema finito de regras a todos os usuários da língua, que lhes permitiria dizer, se uma seqüência lingüística é ou não um texto bem formado.
Muitas questões não conseguiram ser contemplada, e não conseguiram garantir um tratamento homogêneo dos fenômenos pesquisados, e logo partiram para a elaboração de uma teoria de textos, que ao contrario das gramáticas textuais, propõem-se a investigar a constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos.
Adquirindo particular importância o tratamento dos textos no seu contexto pragmático, e a investigação se estende do texto ao contexto, avaliando as condições de recepção e interpretação dos textos.
As mudanças ocorridas em relação as concepções de língua é um sistema efetivo em contextos comunicativos, o texto não é mais visto como produto, mas como um processo, assim de uma forma real passaram a compreender a Lingüística de Texto como uma disciplina essencialmente interdisciplinar, abrangendo todos os interesses que a movem.
CONCEITO DE TEXTO
O termo texto abrange tanto textos orais, como textos escritos que tenham como extensão mínima dois signos lingüísticos, um dos quais, porem, pode ser suprido pela situação, no caso de textos de uma só palavra, como “socorro!” sendo sua extensão máxima indeterminada.
Percebe-se nesta definição uma ênfase no aspecto material ou formal do texto: sua extensão, seus constituintes, e o texto esta sendo considerado uma unidade que apesar de teoricamente pode ser de tamanho indeterminado, é, em geral delimitada, com um inicio e um final mais ou menos explicito.
Considerar as condições de produção e de recepção dos textos significa passar a encarar o texto não mais como uma estrutura não acabada (produto), mas sim como parte de atividades mais globais de comunicação.
A produção textual é uma atividade verbal, isto é os falantes, ao produzirem um texto, estão praticando ações, atos de fala sempre que se interage por meio da língua, ocorre a produção de enunciados dotados de certas forças, que irão produzir no interlocutor determinados efeitos, ainda que não seja aqueles que ele tinha em mira.
A produção textual é uma atividade verbal consciente, isto é, trata-se de uma atividade intencional, por meio da qual o falante dará a entender seus propósitos, sempre levando em conta
A produção textual é uma atividade interacional, os interlocutores estão obrigatoriamente envolvidos.
Toda palavra comporta de duas faces. Ela procede de alguém para alguém e constitui o produto entre ouvinte e interlocutor. A palavra é território comum do locutor e do interlocutor.
Em suma a Lingüística Textual trata o texto como um ato de comunicação, unificado num complexo universo de ações humanas.
A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS NO TEXTO.
Aqui, trataremos de esclarecer alguns pontos sobre coerência e coesão textual, a primeira pode ser definida como: modo como os elementos subjacentes superfície textual vêm a construir, na mente dos interlocutores. E a coesão, é o fenômeno que diz respeito ao modo como elementos lingüísticos presentes no texto encontram-se interligados.
Exatamente por reconhecer a complexidade do processo de produção e compreensão dos textos nas diferentes situações comunicativas.
A COERÊNCIA TEXTUAL.
Para afirmar a coerência de um texto deve verificar sua textualidade ou seja,uma seqüência lingüística adequada, a qual proporcionara um sentido ao texto. E a partir dessas premissas ocorre um debate se existe correlação textual.
Quando avaliamos um texto temos a função de compreender e encontrar sua textualidade, sua coerência textual, ou seja um real sentido.
A partir de outras experiências foi comprovado que nem todo leitor sabe distinguir um texto de um não-texto. Como cita a revista Veja de, 6 de janeiro de 1999, quando faz uma relação entre sentido e interpretação de canções da MPB.
A COESÃO TEXTUAL
E fruto de muito entendimento de texto, porém notada com excelência por poucos, ministradores de textos. A progressão de um texto pode ser percebida pela forma como o tema é, ao mesmo tempo mantido e renovado. Este procedimento de manutenção temática diz respeito à articulação entre a informação dada e a nova. A coesão se tem firmação nos conectivos empregados durante a construção do texto.
CONCLUSÃO
Resumidamente o texto apresenta o que a área de Lingüística Textual, no Brasil conseguiu desenvolver teoricamente para propiciar analise sistemática de produções textuais contextualizadas, pretendeu oferecer uma breve revisão dos conceitos e categorias que foram elaborados ao longo da historia da construção deste campo.
Como base geral, o discurso sobre texto e formação textual não para, sendo ela uma constante, pois a cada texto temos uma situação a ser analisada. E nisso surgem duvidas que são esclarecidas pelos porquês.
(Lucimar Simon)
Tomar-se o texto como unidade de análise no campo dos estudos da linguagem pode parecer pouco questionável ou mais ainda constituir-se uma verdadeira necessidade, porem, o primeiro a empregar o termo Lingüística de texto foi, Harald Weinrich, autor alemão que postula toda lingüística ser necessariamente Lingüística de texto.
Um amplo esforço teórico com perspectivas e métodos diferenciado do campo da Lingüística Estrutural. A Lingüística de Texto vai muito além dos limites da frase, e retira da linguagem a simples função de códigos puramente informativos.
Na constituição do campo da Lingüística de Texto não houve um desenvolvimento homogêneo, tendo formas independentes em diversos paises, dentro e fora da Europa continental, em momentos distintos.
Não há consenso de ter existido uma cronologia de um momento para outro, houve uma aplicação gradual do objeto de análise da Lingüística de Texto e um afastamento da Lingüística Estrutural.
1. Com a construção de gramáticas textuais o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção sendo compreendido não como um produto acabado, mas como um processo, resultado de operações comunicativas e processos lingüísticos em situações sócio-comunicativas.
Na análise transfrástica parte-se da frase para o texto, com objetivo de construir uma unidade de sentido ao texto, pois nem tudo conseguia ser explicado pelas teorias sintáticas ou teorias semânticas.
Nas primeiras propostas de elaboração de gramáticas textuais nas palavras de Marcuchi (1998ª), tentou construir o texto como objeto da lingüística. Dizendo de outra forma as primeiras gramáticas textuais representaram um projeto de reconstrução do texto como sistema uniforme, estável e abstrato.
Entre frases e textos há uma diferença que pode ser classificada como qualitativa e quantitativa, já que a significação de um texto segundo Lang (1972), constitui um todo que é diferente das somas das partes. Além disso, consideram que o texto é a unidade lingüística mais elevada, a partir da qual seria possível chegar, por meio de segmentação, a unidades menores a serem classificadas.
A segmentação e a classificação de um texto em unidades menores deveria, no entanto, sempre considerar a função textual dos elementos individuais, ou seja, que tipo de papel cada elemento desempenha em dada configuração textual e que todo falante nativo possui um conhecimento acerca do que seja um texto, já que ele conhece as regras subjacentes e sabe quando um conjunto de enunciados constitui um texto ou quando apenas constitui um conjunto aleatório de palavras ou sentenças.
A capacidade formativa permite produzir e compreender um número elevado e ilimitado de textos inéditos, possibilitando uma avaliação sobre o texto.
A capacidade transformativa permite que o leitor seja capaz de parafrasear e resumir um texto, e avaliar com convergência, a adequação do produto.
A capacidade qualificativa, que lhe confere a possibilidade de tipificar com convergência um texto dado, dizendo se ele é uma narração, descrição, argumentação ou outros, e pode produzir um texto de tipo particular.
Segundo Fávero & Kloch (1993), se todos os usuários possuem competência textual, podia-se então justificar uma elaboração de uma gramática textual com objetivos como:
Verificar se um texto realmente possui características de texto, buscando nele coerência e textualidade.
Levantamento de critérios para a delimitação de textos, já que a completude é uma das características essenciais do texto.
DIFERENCIAÇÃO DE VARIAS ESPÉCIE DE TEXTOS.
A elaboração de gramáticas textuais foi bastante influenciada, em sua gênese, pela perspectiva gerativista. Seria semelhante a gramática de frases, um sistema finito de regras a todos os usuários da língua, que lhes permitiria dizer, se uma seqüência lingüística é ou não um texto bem formado.
Muitas questões não conseguiram ser contemplada, e não conseguiram garantir um tratamento homogêneo dos fenômenos pesquisados, e logo partiram para a elaboração de uma teoria de textos, que ao contrario das gramáticas textuais, propõem-se a investigar a constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos.
Adquirindo particular importância o tratamento dos textos no seu contexto pragmático, e a investigação se estende do texto ao contexto, avaliando as condições de recepção e interpretação dos textos.
As mudanças ocorridas em relação as concepções de língua é um sistema efetivo em contextos comunicativos, o texto não é mais visto como produto, mas como um processo, assim de uma forma real passaram a compreender a Lingüística de Texto como uma disciplina essencialmente interdisciplinar, abrangendo todos os interesses que a movem.
CONCEITO DE TEXTO
O termo texto abrange tanto textos orais, como textos escritos que tenham como extensão mínima dois signos lingüísticos, um dos quais, porem, pode ser suprido pela situação, no caso de textos de uma só palavra, como “socorro!” sendo sua extensão máxima indeterminada.
Percebe-se nesta definição uma ênfase no aspecto material ou formal do texto: sua extensão, seus constituintes, e o texto esta sendo considerado uma unidade que apesar de teoricamente pode ser de tamanho indeterminado, é, em geral delimitada, com um inicio e um final mais ou menos explicito.
Considerar as condições de produção e de recepção dos textos significa passar a encarar o texto não mais como uma estrutura não acabada (produto), mas sim como parte de atividades mais globais de comunicação.
A produção textual é uma atividade verbal, isto é os falantes, ao produzirem um texto, estão praticando ações, atos de fala sempre que se interage por meio da língua, ocorre a produção de enunciados dotados de certas forças, que irão produzir no interlocutor determinados efeitos, ainda que não seja aqueles que ele tinha em mira.
A produção textual é uma atividade verbal consciente, isto é, trata-se de uma atividade intencional, por meio da qual o falante dará a entender seus propósitos, sempre levando em conta
A produção textual é uma atividade interacional, os interlocutores estão obrigatoriamente envolvidos.
Toda palavra comporta de duas faces. Ela procede de alguém para alguém e constitui o produto entre ouvinte e interlocutor. A palavra é território comum do locutor e do interlocutor.
Em suma a Lingüística Textual trata o texto como um ato de comunicação, unificado num complexo universo de ações humanas.
A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS NO TEXTO.
Aqui, trataremos de esclarecer alguns pontos sobre coerência e coesão textual, a primeira pode ser definida como: modo como os elementos subjacentes superfície textual vêm a construir, na mente dos interlocutores. E a coesão, é o fenômeno que diz respeito ao modo como elementos lingüísticos presentes no texto encontram-se interligados.
Exatamente por reconhecer a complexidade do processo de produção e compreensão dos textos nas diferentes situações comunicativas.
A COERÊNCIA TEXTUAL.
Para afirmar a coerência de um texto deve verificar sua textualidade ou seja,uma seqüência lingüística adequada, a qual proporcionara um sentido ao texto. E a partir dessas premissas ocorre um debate se existe correlação textual.
Quando avaliamos um texto temos a função de compreender e encontrar sua textualidade, sua coerência textual, ou seja um real sentido.
A partir de outras experiências foi comprovado que nem todo leitor sabe distinguir um texto de um não-texto. Como cita a revista Veja de, 6 de janeiro de 1999, quando faz uma relação entre sentido e interpretação de canções da MPB.
A COESÃO TEXTUAL
E fruto de muito entendimento de texto, porém notada com excelência por poucos, ministradores de textos. A progressão de um texto pode ser percebida pela forma como o tema é, ao mesmo tempo mantido e renovado. Este procedimento de manutenção temática diz respeito à articulação entre a informação dada e a nova. A coesão se tem firmação nos conectivos empregados durante a construção do texto.
CONCLUSÃO
Resumidamente o texto apresenta o que a área de Lingüística Textual, no Brasil conseguiu desenvolver teoricamente para propiciar analise sistemática de produções textuais contextualizadas, pretendeu oferecer uma breve revisão dos conceitos e categorias que foram elaborados ao longo da historia da construção deste campo.
Como base geral, o discurso sobre texto e formação textual não para, sendo ela uma constante, pois a cada texto temos uma situação a ser analisada. E nisso surgem duvidas que são esclarecidas pelos porquês.
(Lucimar Simon)
Assinar:
Postagens (Atom)