VALENTINIANO III ESTABELECEU A PRIMAZIA DO PAPADO (445)
A documentação produzida pela Igreja é pouco rica de detalhes para esclarecer a real intenção do documento, logo a sua ação era muito imediata sem maior elaboração e aplicação de recursos teórico-metodológicos, sendo estes documentos em sua maioria hoje estudados e questionando por estudiosos, antropólogos, historiadores e pesquisadores religiosos entre outros leigos. O Bispo de Roma é o Bispo da Santa Sé e é referido na tradição católica como o Papa. O Bispo de Roma é o sucessor do apóstolo Pedro na Igreja de Roma, e por isso possui uma primazia sobre os demais bispos da Igreja desde a Antiguidade.
A primazia papal é a autoridade monárquica do bispo de Roma, na Santa Sé, sobre as diversas Igrejas que compõem a Igreja Católica em seus ritos latino e oriental. Também é conhecida como “primado do Pontífice Romano”, “primado de Pedro” e outras expressões correlatas. As Igrejas Ortodoxas consideram que o bispo de Roma tem apenas uma primazia de honra, que, desde o cisma de 1054, não tem uma grande força. Muitas vezes os Imperadores, querendo impor sua vontade a Cristandade, sabiam que para isso ser feito era necessário a aprovação do Bispo de Roma, e por isso, os Bispos de Roma sofreram exílios e perseguições.
À medida que nos adiantamos no decorrer dos séculos, vão aumentando em número e significado os textos e fatos que atestam o primado de Roma. Visando a brevidade, pode-se limitar a recordar que, por ocasião dos litígios teológicos verificados do século IV em diante, a Sé de Roma foi geralmente tida como supremo tribunal de apelo, donde os teólogos e os simples fiéis, bispos, patriarcas tanto do Ocidente como do Oriente, esperavam ouvir a palavra da verdade.
(Lucimar Simon)
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