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domingo, 29 de maio de 2011

Texto: A ERA VITORIANA

A ERA VITORIANA

Reinado da rainha Vitória na Inglaterra de 1837 a 1901 caracteriza pela dominação britânica da economia mundial. A Paz britânica. Cartismo - movimento reivindicatório da classe operária - carta do povo - sufrágio universal masculino, voto secreto, fim dos censos eleitorais baseados na propriedade, sociedade Fabiana (1883 em diante) - construção do socialismo por meio de eleições que deu origem ao partido trabalhista em 1893. A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era desafiada por qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria a ganhar, se as matérias primas e os gêneros alimentícios fossem baratos. “Isto não era ilusão: a nação estava tão satisfeita com o que considerava um resultado de sua política que as críticas foram quase silenciadas até a depressão de 80”. Esta certeza levou a Inglaterra a adotar decididamente a partir de 1840 o livre comércio no relacionamento entre as nações.

(Lucimar Simon)

domingo, 22 de maio de 2011

Texto: INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA

Fatores que contribuíram – Independência EUA em 1776, Revolução Industrial Inglaterra, Iluminismo, Revolução Francesa, expansão napoleônica e insatisfação dos criollos com chapetones e Espanha. Desejo de romper monopólio colonial e acesso a cargos administrativos. Fator decisivo: desarticulação da monarquia espanhola com a ocupação francesa e a imposição de José Bonaparte como rei de Espanha levou as colônias a criar Juntas Provisórias, precursoras de sua independência. No Brasil, a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, levou à transmigração da Família Real Portuguesa, o que mudou o status do Brasil de colônia para Reino Unido e acelerou a independência.

Porém os processos de independência, embora ocorridos na mesma época, foram substancialmente diferentes. Na América Espanhola já havia uma subdivisão anterior de vice reinos e capitanias gerais, e apesar da tentativa de Simon Bolívar de criar uma unidade continental, prevaleceram os interesses das elites crioulas locais que conduziram a luta de independência. No Brasil o processo representou um acerto entre a família Bragança, tendo o trono ficado com o filho de D. João VI o que contribuiu para manter a unidade territorial.

1. Fase movimentos precursores – Tupac Amaru 1780 no Peru- revolta armada com morte de 80.000 e escravos no Haiti em 1793
2. A fase das rebeliões fracassadas – 1810-1816 desarticulação monarquia espanhola com invasão napoleônica. Organização das juntas locais com crioulos, maçonaria e universidades.
3. Fase rebeliões vitoriosas – 1817-1824. Liderada por Simon Bolívar, José de San Martin e Bernardo O’higgins. Estimulada pelos EUA doutrina monroe e Inglaterra por interesses econõmicos. Revolta liberal ocorrida na Espanha em 1825 ajudou os rebeldes ao dificultar o envio de tropas recolonizadoras para a América. 1824 última batalha em Ayacucho no Peru com vitória gal Sucre, comandado de Bolívar . Em 1825 somente Cuba, S.domingos e Porto Rico continuavam como colônias. Simon Bolívar ideal de uma américa unificada e modelo repúblicano . San Martin defendia monarquia constitucional. Em 1826 Congresso do Panamá convocado por bolívar fracassou na unificação motivos principais – oposição de EUA e Inglaterra pois não desejavam o surgimento de países fortes na região e interesses dos grupos oligárquicos locais fortalecidos pela participação na guerra. Predominou no final fragmentação, oligarquia, marginalização. Processo no final manteve predomínio das elites e a subordinação econômica às potências internacionais. Ante a ausência de leis e autoridades, emergiram os caudilhos, chefes políticos locais, que por meio de exércitos particulares, impunham sua autoridade pessoal em uma determinada região.

PARAGUAI – Independência proclamada em 1813. Sem oposição devido o isolamento região. Líder crioulo José Gaspar Francia, primeiro presidente. Conflito com latifundiários descentralizadores levou ao confisco de terras transformadas em haciendas do Estado. Sucessores Carlos Antonio Lopes e seu filho Francisco Solano Lopes levaram o país a desenvolver-se despertando hostilidade de Brasil e Argentina que formaram com Uruguai a tríplice aliança contra o Paraguai em guerra (1865-1870) que devastou o país.

MÉXICO- revolta de camponeses. Somente no México houve uma proposta de transformação social que traduzia as aspirações de índios e mestiços – 1821 independências com Hidalgo, Morelos, Guerrero e Gal iturbide (enviado pela Espanha, mas que acabou fazendo acordo pela independência, o Plano Iguala – independência, igualdade entre crioulos e espanhóis, coroa oferecida a Fernando VII da Espanha, mas assumida esta monarquia pouco durou 1824, república federativa, 1846 – 1848 perdas de territórios para EUA. 1861 intervenções francesas. 1876 a 1910 Porfiriato – governo de Porfírio Diaz, estabilidade com concentração de renda. modernização da infra-estrutura e concentração fundiária que levou à revolta camponesa. Revolução Mexicana, movimento inicia-se em 1911 com liberais liderados por Francisco Madero e depois se radicaliza com Emiliano Zapata e Pancho Villa. No final, domínio do Partido Revolucionário Institucional, liberais com reforma agrária – PRI até 2.000 com vitória de Vincent Fox.

HAITI – Primeira e única revolta de escravos a vencer a luta contra seus opressores na história da humanidade. 1793 luta de Toissant Louverture por influência revolução francesa e fim escravidão. 1802 – Napoleão restabelece escravidão, mas luta continua em 1804 com Dessalines. Segundo país a oficializar sua independência Prevalece elite mulata, mas conflitos internos inviabilizaram país que regrediu quase para economia de subsistência.

"Neste território não poderá haver escravos. A servidão foi abolida para sempre. Todos os homens nascem, vivem e morrem livres". "Todo homem, qualquer que seja a sua cor, poderá ser admitido em qualquer emprego”. Artigos 3 e 4 da Constituição do Hairi , assinada por Toussaint Louverture).

CUBA - 1898 – Guerra de independência – Emenda platt – direito dos EUA de intervir e criação da base de Guantãnamo. Processo de Independência foi apenas no plano político. Acabou com o pacto colonial, mas autonomia política não eliminou a dependência econômica que continuou de modo acentuado. No plano social a situação nada mudou Os EUA foi o único exemplo nas Américas de país que conseguiu a independência política e a emancipação econômica.

(Lucimar Simon)

domingo, 15 de maio de 2011

Texto: O NEGRO E OUTRAS CONTRADIÇÕES

O NEGRO E OUTRAS CONTRADIÇÕES

A História da Abolição da Escravatura esta cheia de mitos dúvidas, e verdades, a Lei Áurea, tornou-se a expressão máxima deste momento ao ser assinada pela Princesa Isabel. O Movimento Abolicionista, a data 13 de maio, a libertação dos escravos são conceitos na História do Brasil, assim como a abolição dos escravos, escravidão no Brasil, os abolicionistas, escravos no Brasil, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, abolição da escravidão no Brasil. Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

PROCESSO DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido às péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana. Apesar de esta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outros serviços tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva - Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

(Lucimar Simon)

domingo, 8 de maio de 2011

Texto: PROCESSOS REVOLUCIONÁRIOS E SUAS INFLUENCIAS

PROCESSOS REVOLUCIONÁRIOS E SUAS INFLUENCIAS

REVOLUÇÕES DE 1830

Ideologias – Liberalismo – Radicalismo – Conservadorismo – Nacionalismo
França – restauração monárquica conservadora – Luís XVIII (1814-1824) apoiou-se na burguesia e Carlos X (1824-1830) - tentou o retorno absolutismo e dos privilégios dos nobres e clero e aumento de impostos. Lutas políticas dos ultra-realistas contra os bonapartistas e os jacobinos que queriam a manutenção da República. Contra estes, instala-se perseguição desenfreada, o Terror Branco.

ORDENAÇÕES DE JULHO 1830

Carlos X, determina a dissolução da Câmara, modificação das leis eleitorais e censura à imprensa, houve revolta popular e acabou derrubado – Luís Felipe novo rei casa Orleans – predomínio da burguesia, que teve privilégios. Voto censitário beneficiava apenas 240 mil pessoas. Governo liberal, busca do colonialismo como saída para a crise. Situação dos trabalhadores continua difícil, mas suas ações são reprimidas. Revolta liberal refletiu em outros países, marcando o fim do reacionarismo do Congresso de Viena. Bélgica – obteve independência da Holanda em 1830 e fracasso nos demais países – Itália, Alemanha, Polônia.

REVOLUÇÕES DE 1848

Surge o socialismo como nova força política. França - insatisfação popular por más colheitas e crise na indústria. O Partido socialista defende reformas em reuniões proibidas, simuladas como banquetes. Em 22.02.1848 inicia-se revolta com operariado, pequena burguesia e estudantes e depois apoio da Guarda Nacional. Em 24/02 Luís Felipe renuncia. É proclamada a república com governo provisório - voto universal, oficinas nacionais (proposta socialista). Segunda República 1848-1852. Eleição feita logo ocorre à vitória dos moderados com apoio dos proprietários rurais. Revoltas populares controladas. Oficinas nacionais extintas. Eleito presidente Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão. Nesta fase as duas principais forças em confronto são os liberais burgueses e os socialistas, com vitória dos primeiros. Segundo Império 1852 a 1870. O Golpe 18 Brumário de Luís Bonaparte, intitulado Napoleão III- concentração de poderes e expansão econômica e colonial, estabelecendo protetorado na Indochina. Apoiou os italianos Pela unificação contra a Áustria. Guerra Criméia contra russos, ao lado da Inglaterra e Turquia. 1854-1856 – impedir avanço destes nos Bálcãs. Intervenção no México entre 1862 e 1867, tentou fundar um império naquele país, mas fracassou.

Guerra contra Prússia 1870 impedir unificação Alemanha. Prússia venceu império termina e inicia-se III república. França pelo Tratado de Frankfurt cede a Alsácia e a Lorena, regiões ricas em minério. Dali originou-se o revanchismo francês contra a Alemanha, uma das causas da 1ª Guerra Mundial.
Comuna Paris 1871 – Primeira tentativa de formação de um governo popular.
Grupo de socialistas em Paris não aceita a República. Deficiências na organização e dissidências internas facilitaram seu desmantelamento. Em maio de 1871 a revolta é dominada com 20 mil mortos e 15 mil prisioneiros.
Caso Dreyfus destaque fim século demonstrando a hostilidade aos judeus.

ITÁLIA - Início da luta pela unificação com sociedades secretas como os carbonários e o grupo Jovem Itália (Mazzini). Os camisas vermelhas, Garibaldi, o Risorgimento e Conde Cavour. Na Sicília e Nápoles, o rei Fernando II, Bourboun é obrigado a outorgar nova Constituição. Na Veneza e Lombardia , tentativas de libertação do domínio austríaco fracassam. Os Estados do Papa se autoproclamam repúblicas romanas.
ÁUSTRIA – Movimentos nacionalistas de libertação na Hungria e Iugoslávia são controlados.
ALEMANHA - criado o Zollverein liga aduaneira e revolta em maio de 1848 controlada pelos austríacos.

(Lucimar Simon)

domingo, 1 de maio de 2011

Texto: O CONGRESSO DE VIENA

O CONGRESSO DE VIENA

Participantes - Rússia, Prússia, Áustria, Inglaterra. França apesar de derrotada participa. Principais figuras Metternich – chanceler da Áustria e Talleyrand – ministro francês. Princípios – restauração (absolutismo), legitimidade (retorno dinastias de antes de 1789) equilíbrio europeu (restabelecer fronteiras nacionais como eram antes das guerras napoleônicas).
Criação da Santa Aliança (Áustria/Rússia/Prússia) e depois da quádrupla aliança. Objetivo de conter as reações liberais e nacionalistas. Desconhecimento dos interesses de grupos nacionais – Alemanha e Itália permanecem divididas, Polônia dominada, belgas submetidos á Holanda, cristãos nos balcâs aos turcos. Fracasso aliança – ingleses recusam-se a combater independência da América Latina. Gregos emancipam-se dos turcos. Os belgas dos holandeses, e devido á doutrina Monroe nos EUA (América para os americanos).

(Lucimar Simon)